Por: Sheyla Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que aprovar o arcabouço fiscal com uma larga margem de votação é um desafio para o governo.
“Temos o desafio de aprovar esse arcabouço com uma larga margem de votação para dar consistência ao regime fiscal do país”, afirmou. “Pelo que ouvi dos líderes ontem, penso que a gente sai de uma camisa de força muito grande e coloca o país em um outro patamar mais inteligente, mais flexível.”
Segundo Haddad, no futuro um governo poderá alterar parâmetros do novo marco fiscal, no entanto, o desenho do texto atual “foi muito bem recebido“.
Apesar da blindagem do Bolsa Família não estar explícita no relatório do deputado Cláudio Cajado, Haddad disse que o benefício está preservado. “Se o governo mandar uma proposta de reajuste do Bolsa Família, seria muito difícil o Congresso recusar, pois está se falando da camada social mais pobre”, avaliou.
Perguntado se estaria satisfeito com o relatório apresentado na manhã de hoje, o ministro minimizou e disse ser comum partes cederem para alcançar um consenso e frisou que é natural que o relator ouça todas as partes para angariar o maior apoio possível.
“Todo mundo sai do acordo tendo que ceder em alguma coisa. Se perguntar ao governo, o governo mandou um projeto de lei, mas sabe que há muitas forças no Congresso Nacional”, afirmou.