Goldman Sachs prevê viés neutro do Copom para próximos passos de política monetária

O Goldman prevê um corte da Selic em agosto

Pixabay
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Por Patricia Lara

O Goldman Sachs espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) adote no comunicado de decisão de juros desta semana uma orientação futura mais neutra e dependente de dados, reconhecendo o progresso brasileiro no combate à inflação e provavelmente melhorando o equilíbrio de riscos do país.

O banco americano prevê que a taxa básica de juros Selic seja mantida em 13,75% nesta quarta-feira, segundo relatório assinado pelo diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos. “O Copom provavelmente não indicará explicitamente um corte de juros na reunião de agosto”, avaliou ele.

No entanto, ainda segundo Ramos, o Banco Central pode eventualmente adotar uma postura mais neutra e sinalizar indiretamente que a reunião de agosto do Copom será o início de um ciclo de cortes de juros. Isso dependerá de alguns fatores: se o ambiente atual e futuro da inflação e a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre as metas de inflação para o período de 2024 a 2026, nesta semana, não causarem instabilidade no mercado.

“Essas projeções e o balanço geral dos riscos para a inflação serão fundamentais para calibrar a trajetória da taxa Selic, em particular o timing e o espaço para flexibilização em 2023-24”, concluiu o Ramos.

O Goldman prevê um corte da Selic em agosto ou um sinal explícito de um provável corte em setembro.