Por Eduardo Puccioni
O investidor estrangeiro segue ingressando com recursos na bolsa brasileira apesar do ambiente político e econômico desafiador no Brasil e da apreensão sobre restrição de liquidez no exterior, onde dados robustos nos Estados Unidos geram expectativa de prolongamento do ciclo de alta dos juros no país.
A bolsa brasileira registrava, até o dia 6 de fevereiro, 11 sessões seguidas em saldo estrangeiro positivo, acumulando um total de R$7,292 bilhões nesse período. A última boa safra de gringos no mercado brasileiro ocorreu entre final de outubro e começo de novembro do ano passado, quando foram 16 sessões seguidas de saldo positivo, com a injeção de R$17,091 bilhões.
No ano, até o dia 6 de fevereiro, o saldo estrangeiro está positivo em R$13,776 bilhões. Em 2022, o volume foi de R$119,7 bilhões, recorde histórico.
Entre 23 de janeiro a 6 de fevereiro, os Estados Unidos divulgaram Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e criação de emprego acima do esperado.
No Brasil, o notiiciário foi pontuado por críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao patamar atual da taxa básica de juros (Selic), à meta de inflação e à independência do BC. Sem contar as decisões de política monetária americana e brasileira.