Por Bruno Andrade
O dólar fechou estável, com alta de 0,01%, a R$ 4,97 nesta terça-feira (23). A moeda acumula alta de 1,8% desde do dia 15 de maio, segunda-feira da semana passada, quando fechou em cotada a R$ 4,88.
Segundo Guilherme Cunha, especialista em Dólar Futuro do TC, o avanço dos últimos dias aconteceu após a inclusão de gastos adicionais no texto do arcabouço fiscal.
“O dólar obteve uma alta recente mediante ao arcabouço fiscal, que possibilitou algumas despesas adicionais no curto prazo, e também em linha com o DXY (cesta do dólar frente a outras grandes moedas)”, explicou.
Mas será que esse receio do mercado vai continuar e a moeda vai passar dos R$ 5 até o final da semana?
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Para Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvest, a moeda americana tende a ficar de lado, esperando gatilhos mais concretos.
“O andamento do arcabouço na Câmara dos Deputados deixa os investidores em cautela, só veremos definições de preço na moeda após a aprovação da proposta. Outro ponto é o teto da dívida americana, que aumenta ainda mais a cautela do mercado”, disse Quartaroli.
Já Guilherme Cunha, do TC, comenta que a expectativa é que a moeda dificilmente deve romper o patamar dos R$ 5. E se fizer isso, o dólar deve ficar abaixo dos 5 rapidamente.
“O patamar do R$ 5 vem se mostrando bem resiliente, e caso venha apreciar negociações acima desse valor, naturalmente os vendidos estarão se posicionando para defender e derrubar a cotação. No Brasil, a política monetária junto com o fluxo, está ajudando no câmbio”, concluiu Cunha.
