Dólar sobe em dia de ajuste e DIs recuam com apostas em corte maior da Selic

Acompanhe o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta terça (25)

Unplash
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Por Fabricio Julião

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (25), quebrando a sequência de três recuos consecutivos. As taxas de contratos dos juros futuros, por sua vez, seguiram o movimento de baixa dos dias anteriores e fecharam majoritariamente em queda, influenciados pelo aumento das apostas em um corte de 50 pontos-base da Selic em agosto. Ao fim da sessão, o dólar à vista subiu 0,38%, a R$4,7509.

“O dólar atingiu um forte piso logo no início das negociações, atingindo o patamar de R$4,72 seguindo as perdas de ontem. Isso fez com que aparecessem compradores em um movimento de recomposição de posições, que perdurou até o fim da sessão”, afirmou o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

A moeda americana apreciava frente às divisas emergentes, como o peso mexicano e o peso argentino, mas cedia diante de pares mais fortes, como a libra esterlina e o franco suíço. Em uma cesta de 22 moedas, o dólar depreciava perante 13. O Índice DXY operava em queda de 0,07% por volta das 17h, aos 101.308 pontos.

O yuan offshore oscilava entre as principais altas do dia com as notícias de que o Partido Comunista da China injetará estímulos na economia. Hoje, a mídia estatal chinesa divulgou que o tecnocrata Pan Gongsheng assumirá como novo presidente do Banco do Povo, o banco central do país asiático. Segundo informações da Reuters, as expectativas pela defesa de reformas pró-mercado são reduzidas com a nova liderança.

Por aqui, as taxas de contratos futuros de juros operaram em queda ao longo de toda a sessão, reflexo da deflação acima do esperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de julho. Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã, o indicador retraiu 0,07%, ante expectativa de queda de 0,01%.

O alívio sobre os preços melhores que o estimado aumentou as expectativas de um corte mais forte da Selic na próxima reunião do Conselho Monetário do Banco Central (Copom), que ocorrerá nos dois primeiros dias de agosto. Segundo as negociações de contratos de opção de Copom, na B3, as apostas para um corte de 50 pbs pelo BC passaram a ser majoritárias hoje, com 58% de probabilidade, ante 39% na redução de 25 pbs.

Os DIs com vencimentos em Jan/24 e Jan/25 fecharam em queda de 6,0 pbs e 5,5 pbs, respectivamente, a 12,64% e 10,64%. Já as taxas dos contratos para Jan/27 recuaram 3,0 pbs, a 10,14%, enquanto as para Jan/31 subiram 1,0 ponto-base, a 10,74%.