Dólar e juros futuros sobem após Fed e Copom

O dólar à vista subia 0,46%, a R$4,9029

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Por: Fabricio Julião

O dólar e os DIs subiam nos primeiros negócios desta quinta-feira, com os investidores digerindo as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, mas principalmente o tom mais duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Além disso, a possibilidade de redução do diferencial de juros entre os dois países é vista com lupa.

Por volta das 9h25, o dólar à vista subia 0,46%, a R$4,9029, enquanto o dólar futuro avançava 0,44%, a R$4,908.

A moeda americana ganhava terreno diante de 20 das 23 moedas acompanhadas pela Mover, diante da possibilidade de novo aumento dos juros nos EUA neste ano, o que eleva a atratividade do país para investimentos. Com a tese respaldada pelas falas mais conservadoras de Powell na véspera, o fluxo de capital tende a ficar no país mais seguro do mundo – que pode contar com taxas ainda maiores -, o que prejudica o desempenho de outros pares, como o real.

No caso dos juros, os vértices mais longos eram impactados pela alta do rendimento das Treasuries de dez anos nos EUA, além do arrefecimento da possibilidade de aceleração de cortes da Selic no fim do ano.

No horário acima, os DIs com vencimento em jan/25 e jan/27 subiam 4,5 pbs e 6,0 pbs, respectivamente, a 10,57% e 10,54%. Já os contratos para jan/29 e jan/31 tinham alta de 8,0 pbs, a 11,07% e 11,37%, na mesma ordem.

Ao anunciar um novo corte de 50 pontos-base na Selic, para 12,75% ao ano, o Banco Central afirmou que antevê redução de mesma magnitude nas próximas reuniões. Trata-se de um balde de água fria em parte do mercado que precificava aceleração de redução da taxa de juros m 75 pontos-base em dezembro, o que vinha impactando na curva dos DIs.

Além disso, a autoridade monetária reforçou a preocupação com o fiscal e destacou a importância do cumprimento das metas anunciadas pelo governo. A autarquia também mencionou que está monitorando um possível crescimento mais lento que o esperado da economia chinesa e uma mudança no diferencial de juros com os EUA, devido à possibilidade de novos aumentos por lá.