Dólar cai para mínima em mais de um ano; DIs recuam com apostas em corte maior da Selic

Confira o fechamento da moeda norte-americana e dos juros nesta segunda (24)

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Por Fabricio Julião

O dólar e as taxas de contratos dos juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (24), na esteira do movimento da sessão anterior. Agentes financeiros seguem de olho nas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto acompanham os desdobramentos de mais estímulos na economia chinesa e o andamento de pautas econômicas na cena local. Ao fim da sessão, o dólar à vista caiu 0,98%, a R$4,7328. A taxa de câmbio encerrou no menor patamar desde 31 de maio de 2022.

“O mercado está reagindo positivamente às promessas de novos estímulos econômicos na China, nosso principal cliente, e ao otimismo sobre a reforma tributária, que segundo Arthur Lira deve ser promulgada ainda em 2023. As moedas de países emergentes, especialmente o peso mexicano e o real, têm se beneficiado da depreciação do dólar nos últimos meses, com o Federal Reserve no radar”, afirmou o analista da B&T Câmbio, Diego Costa.

No exterior, o dólar cedia diante de 10 entre 22 moedas acompanhadas pela Mover. O Índice DXY subia 0,33%, aos 101.420 pontos. O real figurava entre as maiores apreciações do dia, junto do peso mexicano, devido à alta das commodities, que avançavam com as melhores perspectivas para a economia chinesa devido aos prováveis estímulos do Partido Comunista.

Na quarta-feira, o Federal Reserve comunicará o intervalo dos juros nos Estados Unidos, atualmente entre 5,00% e 5,25%, nesta quarta-feira. As apostas são unânimes em alta de 25 pbs, mas o ciclo monetário pode estar com os dias contados.

Por aqui, agentes financeiros aumentaram as apostas em um corte da Selic pelo Banco Central na reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo as negociações de contratos de opção de Copom, na B3, as perspectivas para corte de 50 pbs foram de 32% na semana passada para 44%, hoje. Já em relação a um eventual redução de 25 pbs na taxa básica de juros, as expectativas passaram de 57% para 47%.

Os DIs com vencimentos em Jan/24 caíram 2,5 pontos-base, a 12,70%. Já as taxas dos contratos para Jan/25, Jan/27 e Jan/31 recuaram 5,0 pbs, a 10,71%, 10,19% e 10,77%, respectivamente.