Dívida da Neoenergia (NEOE3) terá "ponto de inflexão" em 2025, diz CEO

Os investimentos da Neoenergia devem ficar entre R$9 bilhões e R$10 bilhões em 2024, e em torno de R$6 bilhões em 2025

Neoenergia/Divulgação
Neoenergia/Divulgação

Por: Luciano Costa

A dívida da Neoenergia (NEO3) deverá ter um ´ponto de inflexão´ a partir de 2025, quando a elétrica controlada pelo grupo espanhol Iberdrola reduzirá significativamente investimentos, após concluir projetos de transmissão em andamento, disse o CEO Eduardo Capelastegui em teleconferência nesta quinta-feira (26).

Ele estimou que os investimentos da Neoenergia devem ficar entre R$9 bilhões e R$10 bilhões em 2024, e em torno de R$6 bilhões em 2025. Nos primeiros nove meses de 2023, foram R$6,5 bilhões.

“Vamos conseguir estabilizar a dívida. 2025 será um ano importante para marcar um pouco esse ponto de inflexão”, disse Capelastegui. A alavancagem da Neoenergia encerrou o terceiro trimestre em 3,1 vezes, de 3,3 vezes no trimestre anterior. A dívida líquida é de R$38,4 bilhões.

A Neoenergia também deverá negociar ainda neste ano a venda de mais dois projetos de transmissão para uma controlada do GIC, fundo soberano de Cingapura, conforme acordo prévio já assinado entre as partes, disse o CEO.

Em paralelo, a empresa deve avança com obras de projetos de transmissão arrematados em leilões realizados pelo governo a partir de 2017. Até o final deste ano, ela entregará projetos que gerarão receita anual de R$740 milhões. A partir de 2025, esses ativos devem gerar receita de R$1,6 bilhão por ano.

Por fim, Capelastegui comentou que a elétrica está focada na conclusão desses projetos, por isso ela não disputará um leilão para novas obras de transmissão programado pelo governo para dezembro.