Por Erick Matheus Nery
A dentista Mariana Giordan e o piloto Douglas Costa morreram cinco dias após apresentarem sintomas como febre, dor e manchas pelo corpo. Na segunda (12), o Instituto Adolfo Lutz informou que a profissional da saúde morreu devido a febre maculosa.
“Em 12 de junho de 2023, o Instituto Adolfo Lutz Central (IAL) confirmou o diagnóstico de Febre Maculosa da jovem residente em São Paulo. Em relação ao óbito residente em Jundiaí, o exame segue em análise no IAL”, afirma a Secretaria de Saúde de São Paulo em nota enviada ao Faria Lima Journal (FLJ).
Mariana e Costa morreram no dia 8 de junho. De acordo com os relatos da dentista, ela notou marcas de picada de inseto no corpo após uma viagem a Campinas (SP) antes de apresentar os sintomas. Na semana seguinte, ela viajou para Monte Verde (MG), mas apresentou os primeiros sintomas da doença logo no segundo dia desta viagem.
Confira mais informações sobre a febre maculosa, repassadas ao FLJ pela Secretaria de Saúde de São Paulo:
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Há no Estado duas espécies da bactéria causadora da doença.
Na região metropolitana da capital, há pouquíssimos registros dada a urbanização da área. No interior do Estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda. Os municípios de Campinas e Piracicaba são, hoje, os dois que apresentam o maior número de casos registrados da doença. Em 2023, foram registrados 10 casos de Febre Maculosa com 4 óbitos, inclusive o confirmado nesta segunda-feira (12).
Ambas as versões são potencialmente letais e demandam atendimento rápido para o recebimento de antibiótico específico. A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. As regiões onde existe transmissão de febre maculosa no estado de São Paulo podem ser encontradas em mapas interativos no formato de QR code, no site do CVE ou em publicações como o BEPA.