Carrefour (CRFB3): Ação despencou e investidor pode comprar, diz Citi

Analistas alertam que papel oferece alto risco

Facebook/Carrefour
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Por Bruno Andrade

A ação do Carrefour (CRFB3) caiu 35% no acumulado de 2023 e por isso está sendo negociada a múltiplos atrativos para os investidores que gostam se expor ao risco, afirmaram analistas do Citibank em relatório enviado aos clientes nesta quarta-feira (17).

“Nesta avaliação, vemos uma maior assimetria para o ativo subir”, disseram os analistas.

O banco possui preço-alvo de R$ 15 para o papel, um potencial de alta de 55,6% na comparação com o fechamento de terça-feira (16).

Um dos motivos para essa forte alta da ação é que o modelo de negócio da empresa, o atacarejo, entrega maior conversão de caixa para a companhia em relação ao varejo tradicional.

Estimamos cerca de 7% de rendimento de FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista) para 2024 e quase 10% para 2025“, afirmaram os analistas.

Além disso, o Citi comenta que o Carrefour deu apenas o primeiro passo para começar a monetizar seus ativos imobiliários. Na última quinta-feira (11), a rede de supermercados anunciou que está em tratativas com a gestora Barzel Properties. A proposta da companhia é vender cinco centros de distribuição e cinco lojas por cerca de R$ 1,3 bilhão.

O próximo passo é o braço de desenvolvimento, que tem o potencial para gerar R$ 1,5 bilhão para a companhia“, explicaram os especialistas do banco.

Ação do Carrefour reserva um risco muito alto

Ainda assim, os analistas enxergam uma série de problemas que a empresa deve enfrentar, o que fazem ele classificar o ativo com o risco muito alto.

  • A integração com o Big ainda está em andamento (com conclusão prevista para o 2T23), o que significa riscos de execução persistentes
  • A instituição financeira continua com visão cética sobre a remodelação da gestão do Carrefour
  • Alta alavancagem (endividamento), apesar da natureza “vaca leiteira” do atacarejo.

Sendo assim, o Citi não nega que o cenário macroeconômico continua desafiador para o Carrefour.

“A questão macro segue desafiadora devido à desinflação de alimentos, cenário competitivo mais difícil e maiores despesas financeiras”, concluíram os analistas.