Azul espera atingir ponto de equilíbrio em 2023, após acordo com arrendadores

Acordo possibilita equilíbrio entre custos e receitas da operação, diante da redução no pagamento do aluguel de aeronaves e de investimentos futuros

Unsplash
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Por Artur Horta

A Azul espera atingir ainda neste ano um “break even”, ponto de equilíbrio entre custos e receitas da operação, diante da redução no pagamento do aluguel de aeronaves e de investimentos futuros possibilitada por um acordo para alongar dívida com arrendadores.

Com o acordo comercial anunciado na noite de ontem, a maior companhia aérea brasileira em valor de mercado agora projeta um “break even” em 2023 e fluxo de caixa livre positivo nos anos seguintes. A expectativa anterior era de queimar R$3,0 bilhões neste ano.

“É uma solução permanente para a estrutura de capital”, comentou o diretor financeiro da companhia, Alexandre Malfitani, em teleconferência de resultados nesta segunda-feira.

Perto das 13h30, as ações preferenciais da Azul (AZUL4) tinham sua maior alta da história, avançando 47,51%, a R$10,68, indicando que investidores aprovaram os termos do acordo que possibilitou alongar cerca de 80% de dívida bruta nominal da aérea.

A operação envolve a redução dos pagamentos aos arrendadores, em troca da entrega a estes de uma combinação de 40% em títulos de dívida negociáveis com vencimento em 2030 e de 60% em ações, precificadas de forma a refletir a nova geração de caixa.

“Nossos parceiros entenderam que é a decisão mais inteligente e que maximiza o retorno dos investimentos”, disse Malfitani. Os arrendadores receberão 100% dos valores prometidos anteriormente e, segundo o executivo, se beneficiarão do menor risco de crédito.