Adolescente morre quatro dias após ser internada com suspeita de febre maculosa

Infecção pode ter ocorrido em fazenda em Campinas

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Por Erick Matheus Nery

Uma adolescente de 16 anos morreu na terça (13), quatro dias após ser internada com suspeita de febre maculosa. De acordo com a Secretaria de Saúde de Campinas, a jovem participou de uma festa em uma fazenda no final do mês passado, local provável da infecção.

Neste evento, também participaram outras três pessoas que morreram em consequência da doença — entre elas, o casal Douglas Costa e Mariana Giordano, como reportado pelo Faria Lima Journal (FLJ) na terça.

Segundo a Secretaria de Saúde de Campinas, o distrito de Joaquim Egídio, onde está localizada a fazenda, é mapeado como área de risco para a doença. “Em razão das confirmações, a ocorrência configura-se como um surto de febre maculosa localizado”, ressaltou a secretaria em nota enviada à imprensa.

“O material coletado está em análise no Instituto Adolfo Lutz. Por isso, a causa da doença ainda não foi confirmada”, complementou o órgão municipal.

Confira mais informações sobre a febre maculosa, repassadas ao FLJ pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo:

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Há no Estado duas espécies da bactéria causadora da doença.

Na região metropolitana da capital, há pouquíssimos registros dada a urbanização da área. No interior do Estado, a doença passou a ser detectada a partir da década de 1980, nas regiões de Campinas, Piracicaba, Assis, nas regiões mais periféricas da região metropolitana de São Paulo e no litoral, mas em uma versão mais branda. Os municípios de Campinas e Piracicaba são, hoje, os dois que apresentam o maior número de casos registrados da doença.

Ambas as versões são potencialmente letais e demandam atendimento rápido para o recebimento de antibiótico específico. A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença. As regiões onde existe transmissão de febre maculosa no estado de São Paulo podem ser encontradas em mapas interativos no formato de QR code, no site do CVE ou em publicações como o BEPA.