Por Fabricio Julião
As taxas dos contratos dos juros futuros operam em alta na manhã desta sexta-feira, em meio às expectativas do anúncio do novo arcabouço fiscal e de olho nas decisões da “Super Quarta”.
Por volta das 9h50, o DI com vencimento em janeiro de 2024 subia 4 pontos-base, a 13,08%, enquanto o DI para 2025 aumentava 3,5 pontos-base, a 12,19%.
Os DIs de média e longo prazo tinham alta menos acentuada. Os contratos dos juros futuros com vencimento para 2027 tinham variação de 2 pontos-base, a 12,62%, e os DIs para 2029, de 2 pontos-base, a 13,07%. Já os DIs com vencimentos em janeiro de 2031 e 2033 também subiam 2 pontos-base, a 13,27% e 13,36%, respectivamente.
As expectativas aumentam mediante à espera pela reunião, às 15h00, entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a apresentação e discussão sobre o texto da nova regra fiscal da equipe econômica.
Além disso, investidores também aguardam as definições sobre as taxas de juros no Brasil e nos EUA, na quarta-feira da próxima semana. Na véspera, o Banco Central Europeu (BCE) elevou a táxa básica de juros em 50 pontos-base, confirmando as expectativas do mercado, mas aumentando a tensão sobre uma possível crise bancária.
Por aqui, o consenso do mercado é que o Copom mantenha a Selic inalterada em 13,75% ao ano. Especialistas ressaltam que a espera maior recai sobre os rumos do Banco Central em relação ao período que iniciará o corte nos juros.
Já nos Estados Unidos, as apostas ainda são majoritárias para alta de 0,25 ponto percentual, com as taxas indo para um intervalo de 4,75% a 5,00%, de acordo com as negociações de opções na Chicago Mercantile Exchange (CME).
A hipótese de alta detém a preferência de 71,6% dos investidores, enquanto a probabilidade de manutenção dos juros americanos é de 28,4%, de acordo com a plataforma.
Há uma semana a hipótese de o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) não aumentar as taxas nem era considerada, mas a quebra dos bancos Signature Bank e SVB e os receios de um risco bancário sistêmico nos EUA levantaram a possibilidade de o Fed não seguir com seu tom hawkish.