Por: Luca Boni
O Ibovespa avançava na tarde desta terça-feira, impulsionado pelas ações do setor Financeiro. Os ganhos se limitam, porém, com investidores cautelosos com a postergação da apresentação do novo arcabouço fiscal e com expectativas sobre a decisão de juros do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central amanhã.
Perto das 14h30, o índice Bovespa arrefecia boa parte de sua trajetória de alta e subia 0,27%, a 101.199 pontos, em um dia com pouco volume de negociações. O Índice Financeiro (IFNC) avançava 1,55%, impulsionando a bolsa, após o governo sinalizar que pode rever o corte do teto de juros para empréstimos consignados a pensionistas, medida que tinha desagradado as instituições financeiras. O segmento também é ajudado pela redução das apreensões sobre o setor Bancário no exterior.
No mesmo horário, os papéis preferenciais do Itaú (ITUB4) subiam 2,74%, e os do Bradesco (BBDC4) e as units do Santander (SANB11) avançavam 1,07% e 2,85%, na mesma ordem.
Mais cedo, em entrevista ao Portal Brasil 247, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que é necessário baixar os juros do crédito consignado, mas disse que o anúncio de corte das taxas aprovado anteriormente pelo Conselho Nacional de Previdência Social não passou por discussão prévia com todo o governo.
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Investidores também seguem cautelosos devido à decisão da taxa Selic no encontro de amanhã do Copom. O principal interesse na decisão estará na indicação dos próximos passos do comitê, com bancos e analistas se dividindo em torno do momento em que o BC começará o esperado ciclo de cortes nos juros a fim de evitar uma recessão econômica na maior economia da América Latina.
Já as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) caíam 1,35%, também repercutindo a declaração de Lula de que o governo vai brigar na Justiça contra regras estabelecidas no processo de privatização da companhia, ocorrido em junho do ano passado.
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