Veja as principais notícias da política que podem impactar os mercados

Por: Stéfanie Rigamonti

A seguir, as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.

DESTAQUES DO DIA

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann fez diversos ataques ontem ao Banco Central e, em uma entrevista dada à CNN Brasil, no fim da tarde, alcançou seu ápice ao dizer que, se o presidente do BC, Roberto Campo Neto, mantivesse os juros no patamar atual por um longo período, estaria cometendo um crime contra o país. “Sinalizar que juro fica estável até o fim do ano é um crime”. (Mover)

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), por sua vez, tem feito o trabalho de apagar o fogo, reiterando à imprensa ontem que não há plano nenhum no governo para modificar a lei que assegura a autonomia do BC. Padilha também disse que o debate público sobre o patamar da taxa básica de juros Selic não significa uma pressão sobre as decisões do BC. Padilha e Campos Neto se encontrarão na próxima semana, segundo coluna do jornal O Globo. (Mover)

✋ No âmbito do Legislativo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), avaliou ontem, durante fala em um evento, que a tendência da maioria do Congresso é de não retroagir na lei que garante a autonomia do BC. Lira argumentou que Banco Central independente é uma marca mundial e foi o modelo escolhido pelos parlamentares no Brasil. (Agências)

✋ A equipe econômica do governo considera uma revisão antecipada das metas de inflação do país, em uma tentativa de aliviar as tensões entre o BC e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo fontes citadas por agências de notícias. A próxima reunião do Conselho Monetário Nacional, órgão responsável por definir as metas de inflação, ocorrerá em 16 de fevereiro. Campos Neto seria a favor de uma meta mais alta, e teria sinalizado ao governo que defende uma alteração de 3,25% para 3,50%. (Agências).

ECONOMIA

✋ Após encontro hoje de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Casa Branca deve anunciar intenção de injetar recursos no Fundo Amazônia, conforme comunicado conjunto enviado ontem pelos dois países. Lula chegou ontem ao país norte-americano acompanhado de outros ministros, como o da Fazenda, Fernando Haddad (PT). (Folha)

✋ Se, por um lado, a União busca aumentar sua receita com as decisões em favor do erário no voto de qualidade em casos de empate nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, por outro lado, o governo é parte de um passivo significativo. Isso por conta das estatais e empresas de economias mistas envolvidas em disputas tributárias, como Petrobras, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Infraero e Banco do Nordeste. Somente a Petrobras soma em autuações fiscais R$35 bilhões. (Valor)

✋ Para garantir o sucesso da reforma tributária, o governo federal começou a mobilizar governadores e prefeitos nas discussões. Haddad garantiu nesta semana em reunião que as mudanças ocorrerão em um longo período de transição, de cerca de 50 anos, o que não incorrerá em perdas para os atuais líderes estaduais e municipais. (Estado)