Ucrânia iniciará negociações com EUA sobre garantias de segurança, diz autoridade

Mais de 10 outros países aderiram à declaração do G7

Facebook/Volodymyr Zelenskiy
Facebook/Volodymyr Zelenskiy

Por Reuters

A Ucrânia deve iniciar consultas com os Estados Unidos esta semana sobre o fornecimento de garantias de segurança para Kiev, que ainda está aguardando a conclusão do processo de adesão à Otan, disse uma autoridade ucraniana de alto escalão neste domingo.

As negociações, anunciadas pelo chefe de gabinete do presidente Volodymyr Zelenskiy, são uma continuação das promessas feitas pelo grupo G7 de países avançados após a cúpula da Otan deste mês na Lituânia, de elaborar e honrar garantias de segurança.

“Estamos iniciando negociações com os Estados Unidos (nesta) semana”, escreveu Andriy Yermak no aplicativo de mensagens Telegram.

“As garantias de segurança para a Ucrânia serão obrigações concretas e de longo prazo, garantindo a capacidade da Ucrânia de derrotar e conter a agressão russa no futuro. Esses serão formatos e mecanismos de apoio claramente elaborados.”

Yermak disse que as garantias “estarão em vigor até que a Ucrânia assegure a adesão à Otan”.

A cúpula de Vilnius da Otan ofereceu apoio à Ucrânia para combater a invasão russa de 17 meses e países individuais prometeram novas armas, mas nenhuma data para a adesão ucraniana foi definida, uma vez que a guerra continua.

Os membros do G7 concordaram que cada nação negocie acordos para fornecer garantias de segurança e ajudar a Ucrânia a reforçar suas forças armadas.

Em seus comentários, Yermak disse que mais de 10 outros países aderiram à declaração do G7 e que a Ucrânia está negociando termos de garantias futuras com cada um deles.

Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que espera que a Rússia retome os ataques ao sistema de energia da Ucrânia assim que o clima frio voltar no final deste ano, e prometeu fazer todo o possível para proteger a rede elétrica do país.

Quase 40% do sistema de energia ucraniano sofreu danos em ataques russos de mísseis e drones no inverno passado, que deixaram as cidades ucranianas sob escuridão e frio, no que Kiev chamou de uma estratégia deliberada para prejudicar civis, um crime de guerra.

Moscou diz que lançou os ataques para reduzir a capacidade de combate da Ucrânia.

Desde que o clima quente voltou, os ataques à infraestrutura de energia da Ucrânia diminuíram e deram lugar a ataques a outros alvos. No entanto, em visita à cidade de Ivano-Frankivsk, no oeste, neste domingo, Zelenskiy disse que espera que os ataques à energia sejam retomados.

“É óbvio que neste outono e… no inverno o inimigo tentará repetir o terror contra a indústria de energia ucraniana. Devemos estar prontos para isso “, disse Zelenskiy a altos funcionários do governo, de segurança e regionais. “No nível do governo e da segurança, faremos todo o possível.”