Por: Gabriel Ponte
A dívida pública federal atingiu R$6,142 trilhões em julho, um recuou de 0,80% na comparação mensal, segundo dados reportados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional. Do montante, R$5,913 trilhões correspondem à dívida mobiliária interna e R$228,9 bilhões são relativos à dívida externa.
Em julho, as emissões totalizaram R$134,4 bilhões e os resgates, R$227,08 bilhões, resultando em um resgate líquido de R$92,68 bilhões.
Os títulos que variam com a taxa básica de juros avançaram a 41,20% em julho, ante 39,52% em junho, ainda constituindo a maior composição da dívida pública. Já os títulos prefixados recuaram para 24,65% no período, ante 27,04% em junho. Os papéis indexados à inflação, por sua vez, avançaram 30,21%, ante 29,46% no mês imediatamente anterior. A participação de estrangeiros na dívida mobiliária recuou a 9,22%, ante 9,48% em junho.
O Tesouro informou que a reserva de liquidez recuou em julho ante junho, passando de R$1,118 trilhão para R$991,85 bilhões, uma queda de 11,32%. Segundo o Tesouro, o montante é suficiente para honrar o equivalente a 8,28 meses à frente dos vencimentos. Pelos cálculos do Tesouro, os meses de setembro de 2023, janeiro e março de 2024 concentrarão vencimentos de R$820,02 bilhões.
No relatório, o Tesouro informou ainda que o mês de agosto foi marcado pela maior aversão ao risco, com os mercados acionários em queda e os juros, em alta. Ainda de acordo com o Tesouro, as dificuldades financeiras de grandes incorporadoras na China também contribuíram para o pessimismo.
Internamente, o Tesouro observou uma desinclinação dos vértices curtos da curva de juros, como resultado da redução da Selic em 50 pontos-base pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no início do mês.