Por: Sheyla Santos
O mês de agosto é decisivo para o governo, que deverá entregar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) até o dia 31. Incumbida dessa tarefa, a ministra do Planejamento e Orçamento disse ontem que é desafiadora, porém factível, a promessa do governo de zerar o déficit fiscal já no próximo ano. Segundo ela, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), terá que se valer de até oito “cartas na manga” para ampliar as receitas.
A chefe do Planejamento explicou que o governo passou a contar com um menor espaço fiscal em razão das alterações no arcabouço fiscal, realizadas na Câmara dos Deputados, e da inclusão de novas despesas, como o piso salarial dos profissionais de Enfermagem.
Para não cortar investimentos em políticas públicas, ela anunciou ontem, antes de conversar com Haddad, que a pasta chefiada por ele terá um corte de R$2,6 bilhões, a exemplo do Planejamento, que sofrerá um corte de 30% em despesas discricionárias, isto é, não obrigatórias.
A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados.
MANCHETES DOS JORNAIS
Valor Econômico: Vale vende fatia no negócio de metais básicos por R$16 bilhões
O Estado de S. Paulo: Tebet avalia que IBGE tem baixo peso político e aceita Pochmann
O Globo: Petrobras ‘descola’ do preço internacional e acelera importação de combustíveis
Folha de S.Paulo: Brasil tem 1,3 milhão de quilombolas, revela Censo
DESTAQUES DO DIA
Lula se reúne com ministros do Trabalho e da Casa Civil.
O presidente da República e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, recebem o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña.
ECONOMIA
O Governo Central do Brasil apresentou em junho um déficit primário de R$45,22 bilhões. Foi o segundo mês consecutivo que o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registraram um rombo acima de R$45 bilhões.
O Tesouro Nacional e o Banco Central foram os únicos órgãos a registrar superávit, no valor de R$6,5 bilhões. Já a Previdência Social (RGPS) contribuiu significativamente para o déficit, apresentando um resultado negativo de R$51,7 bilhões. (Mover)
A renda declarada obtida com lucros e dividendos alcançou o recorde de R$55,7 bilhões em 2021. O valor é 44,6% superior a 2020, quando o montante declarado foi de R$384,4 bilhões. (Folha)
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged) registrou a abertura líquida de 157.198 postos de trabalho em junho, resultado de 1.914.130 admissões e 1.757.932 desligamentos. O resultado veio abaixo do consenso de mercado, que previa abertura líquida de 164.500 postos no período. (Mover)
POLÍTICA
Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, recuou ontem sobre a mudança no comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um dia após ter dito que seria um desrespeito substituir o atual presidente do instituto, Cimar Azeredo, Tebet disse que as discussões sobre a troca na presidência já estavam em andamento há 15 dias.
A ministra afirmou ainda que irá acatar “qualquer nome que venha”, e disse que irá receber o novo indicado, Marcio Pochmann, como uma escolha técnica. (Mover)
ESTATAIS
A presidente da Caixa, Rita Serrano, afirmou ontem que continua no cargo. Ela disse ainda que não conversou com o presidente Lula sobre o tema. (Valor)
AGENDA
O presidente Lula cumpre agendas no Palácio da Alvorada. Às 9h30, encontra-se com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. Às 11h, reúne-se com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Às 14h30, recebe o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, cumpre agendas pela manhã em Goiânia (GO). Às 9h, reúne-se com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Às 10h, encontra-se com lideranças empresariais do Agronegócio e Indústria de Goiás
Às 12h30, retorna para Brasília (DF), onde, às 14h30, irá se reunir com o presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cumpre agendas em São Paulo (SP). Às 10h, encontra-se com o presidente do conselho CervBr, Agostinho Gomes da Silva.
Às 15h, recebe a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi.