Por Sheyla Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta sexta-feira que recuou na decisão de usar os meios legais contra e-commerces estrangeiros porque a empresa Shein também recuou ao procurar o governo e assinar uma carta se comprometendo a gerar empregos e a pagar impostos no Brasil.
“Não tinha cabimento o que a Shein estava fazendo”, frisou Haddad em entrevista à rádio CBN. “Lançamos um plano de conformidade e os outros portais estão seguindo”, explicou.
O chefe da Fazenda negou que a proposta de elevar a taxação de varejistas estrangeiras pudesse reduzir o poder de compra dos consumidores e disse que, da parte dele, não há perseguição aos empresários. “Quero que consumidor tenha um leque de opções. Não tenho preconceito contra empresa nenhuma”.
O ministro admitiu, no entanto, que a comunicação institucional do governo precisa ser mais azeitada, após notícias sobre taxação dessas companhias ter gerado grande repercussão, e disse que é necessário “bater mais bumbo” sobre o que tem sido feito de positivo na gestão. “A comunicação precisa melhorar muito, a minha inclusive”.