Senado aprova Gabriel Galípolo para diretoria do Banco Central

Ex-braço direito de Haddad participará do Copom

Lula Marques/Agência Brasil
Lula Marques/Agência Brasil

Por Erick Matheus Nery, atualizado às 18h56

O economista Gabriel Galípolo foi aprovado pelo Senado Federal ao cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), com a votação de 39 votos a favor contra 12 contrários. A Casa também aprovou Ailton Aquino dos Santos para a diretoria de Fiscalização do BC, com 42 votos a 10.

Mais cedo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado também havia aprovado o nome dos profissionais para os respectivos cargos. Galípolo foi o braço direito de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda desde o início do governo Lula, enquanto Aquino é servidor de carreira da autarquia monetária.

Com essa movimentação, o alto escalão do Banco Central contará com dois nomes indicados pelo governo petista, enquanto o restante da diretoria — inclusive o presidente Roberto Campos Neto — entrou na autarquia por meio da indicação do governo Bolsonaro, finalizado em 2022.

Além do trabalho na autarquia, Galípolo e Aquino participarão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, órgão que decide a taxa Selic. Desde o início da gestão Lula 3, os juros básicos da economia seguem em 13,75%, o que gerou ataques de Lula contra Campos Neto. A última ata do Copom sinalizou um possível corte de juros na próxima reunião, que já contará com a presença dos indicados por Lula ao comitê.

Além da movimentação política, nas últimas horas, o nome de Galípolo repercutiu nas redes sociais devido a revelação do namoro do economista com a jornalista Elisa Veeck, da CNN Brasil. A informação foi publicada pelo F5, da Folha de São Paulo, e confirmada pelo Faria Lima Journal (FLJ) com fontes do canal de notícias.