O relator do projeto do arcabouço fiscal, Claudio Cajado (PP-BA), afirmou nesta segunda-feira (08) que a urgência da proposta será votada na próxima semana. A data prevista até o momento é na terça-feira (16). Segundo ele, a data foi escolhida pelo presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Em evento no Traders Club, na semana passada, o relator comentou que mantém um bom diálogo com o governo. “O ministro Haddad está muito confiante”, disse o deputado.
Cajado também disse que segue trabalhando com o governo. Está confiante de que a proposta será aprovada e que as medidas arrecadatórios necessárias para manter o arcabouço ficarão de pé.
“Nós temos que acreditar, não tem outra alternativa”, disse Cajado em evento ao ser questionado sobre a capacidade do governo em aumentar o crescimento da receita.
De acordo com as contas feitas por Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, o governo trabalha com um crescimento real da receita líquida de 7,8% para o próximo ano para fechar as contas. O problema é que o crescimento real médio dos últimos 12 anos é de pouco mais de 1%.
Ao jornal “O Globo”, Cajado comentou que está estudando mudar alguns pontos da proposta, como a obrigatoriedade do corte de despesas em caso de descumprimento das metas fiscais, e a retirada de exceções à regra que hoje estão no texto enviado pelo governo.
“Estamos estudando cada uma das excepcionalidades apresentadas no texto original para vermos quais argumentos para tê-las no texto. Estamos também ouvindo as críticas. Ainda não tenho posição definitiva”, disse o Relator.
Na semana passada, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), comentou que a votação do mérito do arcabouço fiscal deve acontecer apenas no final do mês, entre os dias 23 e 31 de maio.