Por: Fabricio Julião
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que acredita em uma aprovação da Reforma Tributária este ano, passando pela Câmara dos Deputados ainda no primeiro semestre.
Tebet, no entanto, disse que o texto da reforma deve ter mais dificuldades no Senado, havendo mais discussões sobre a proposta na Casa. Mesmo assim, ela ressaltou que “ousa dizer” que o texto será aprovado em 2023.
Ao ser questionada sobre o texto que passará no Congresso, Tebet afirmou que a Reforma Tributária será uma espécie de “simbiose” – uma associação de impostos federais e estaduais em dois IVAs. “Nós tributamos na renda, mas passaremos a tributar no consumo, diminuindo regressividade e burocracia”, concluiu.
A ministra participa de debate online “E agora, Brasil?” junto com o secretário-executivo do MInistério da Fazenda, Gabriel Galípolo. O evento online é realizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico, com patrocínio do Sistema Comércio.
Tebet também disse que há expectativa de que o Banco Central comece a cortar a taxa de juros no segundo semestre, citando que não há justificativas para não haver redução a partir de agosto.
Ela comentou que, com base no texto do arcabouço aprovado na Câmara, o governo pode ter que cortar entre R$32 bilhões e R$40 bilhões em gastos discricionários. “É um equívoco dizer que o arcabouço fiscal tem foco na receita. O arcabouço tem foco o controle de gastos”, afirmou a ministra.
No debate, Galípolo, que aguarda ainda o agendamento de sua sabatina no Congresso para ter seu nome confirmado para a pasta de Política Monetária do Banco Central, disse não ser pertinente antecipar qualquer decisão que possa ser anunciada na reunião do Conselho Monetário Nacional. Galípolo não é membro participante do CMN.