Por Reuters
O Plano Safra 2023/24, anunciado nesta terça-feira (27) com recursos recordes para financiamentos, exigiu esforços adicionais do governo, considerando que a taxa básica de juros Selic está mais alta em relação ao nível que estava na mesma época do ano passado, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
“Esse Plano Safra, que é recorde e tem muito dinheiro a mais, 27% a mais de recursos, foi muito suor da equipe econômica, porque o Plano Safra passado tinha taxa básica de juros de 12,75% e agora foi construído com juros de 13,75%”, afirmou ele, durante a cerimônia de lançamento do programa.
“Equalizar isso é um esforço impressionante… Não ficamos só com críticas, achamos alternativas”, acrescentou. O Plano Safra 2023/24 terá 364,22 bilhões de reais em financiamentos para apoiar a produção de médios e grandes produtores rurais brasileiros, informou o Ministério da Agricultura em nota.
Lula promete Plano Safra melhor a cada ano
No evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o governo federal aumentará os recursos disponibilizados pelo Plano Safra a cada ano.
Ele ainda afirmou que não é preciso desmatar para se criar mais gado ou plantar mais soja, lembrando o programa do governo para recuperação de terras degradadas para produção agropecuária. “Temos obrigação de fazer as coisas bem feitas porque o mundo está de olho na gente”, afirmou.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também esteve presente no evento e destacou que o anúncio do programa marca o início do desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável no território nacional.
“É isso que estamos fazendo aqui hoje: estabelecendo etapas para que o produtor brasileiro voluntariamente possa decidir-se por um modelo de produção que, sem deixar de ser economicamente atrativo, esteja também em sintonia com as necessidades e as demandas globais”, comentou Marina.