Por Simone Kafruni e Machado da Costa
Um grupo de líderes partidários, representando nove legendas políticas alinhadas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) nesta quarta-feira (5), para entregar uma petição que solicita a abertura de um procedimento de investigação relacionado à política monetária do Banco Central do Brasil.
A principal preocupação expressa no documento obtido pela Mover é a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, o que representa um juro real anualizado de 9,3%.
Na petição, líderes partidários pedem a apuração da “possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%”. Essa afirmação sugere que as legendas estão questionando a decisão do BC de manter a Selic em um nível considerado alto, mesmo em um cenário econômico desfavorável.
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Os políticos também solicitam a investigação das responsabilidades do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, em relação à suposta demora e falta de cumprimento adequado e tempestivo do controle da inflação, do emprego e do desenvolvimento econômico e social. Eles baseiam essa solicitação na Lei Complementar nº 179/2021, que estipula as responsabilidades do BC em relação a essas questões.
A taxa Selic é um instrumento crucial para o controle da inflação e do crescimento econômico. Sua redução estimula a atividade econômica, mas também pode aumentar o risco de pressões inflacionárias. No documento, os líderes partidários argumentam que a manutenção dos juros em um patamar elevado pode prejudicar o desenvolvimento econômico e social do país, bem como a geração de empregos.
Como uma instituição independente responsável pela condução da política monetária, o BC é encarregado de avaliar diversas variáveis econômicas antes de tomar decisões sobre a taxa de juros.
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