Por: Sheyla Santos
Avançou a discussão sobre a reforma tributária no Senado e o relator do texto, senador Eduardo Braga (MDB), deverá ler o seu parecer na sessão das 9h da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta terça. O texto também entrou na pauta de quarta-feira da Casa, quando, enfim, deverá ser votado.
Assim como na Câmara dos Deputados, as discussões ainda estão acirradas às vésperas da votação. Ontem à noite, o relator do texto, senador Eduardo Braga (MDB), debatia o texto em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e líderes partidários.
O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT) adiantou ao Valor que nesta reunião foram discutidas “sete ou oito” emendas de um texto que recebeu, ao todo, 769.
Em evento em São Paulo, Haddad disse ontem que daria uma “nota” 7 ou 7,5 para o atual desenho da reforma tributária, mas salientou que o governo está saindo de um cenário com “nota 2”.
A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.
MANCHETES DOS JORNAIS
Valor Econômico: Pagamento de JCP acelera por receio das empresas de mudança em regra
O Estado de S. Paulo: Pressão cresce e Estados cobram mudança às vésperas de votação
O Globo: Lira e Pacheco defendem meta de déficit zero em 2024
Folha de S.Paulo: Tributária deve premiar estado que arrecadar mais
DESTAQUES DO DIA
✋ Banco Central divulga a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
✋ Lula realiza, às 8h30, a live “Conversa com o presidente”.
✋ O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reúne, às 9h, com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Às 18h30, Mercadante se encontra com o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
✋ O relator da reforma Tributária, senador Eduardo Braga (MDB) deverá ler o texto na CCJ do Senado, às 9h.
✋ O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte, apresenta relatório, às 14h, na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
ECONOMIA
✋ O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, disse ontem em entrevista à CNN Brasil que o governo está trabalhando com uma alíquota do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) entre 25,9% e 27,5%. Ele disse que a reforma tem mais exceções do que a equipe econômica gostaria, mas compreende que o afrouxamento faz parte das negociações políticas. (Mover)
✋ A queda na taxa Selic de 12,75% para 12,25% ao ano reduz a dívida bruta das empresas listadas na B3 em, ao menos, R$2,4 bilhões, segundo levantamento do consultor Einar Rivero a pedido da coluna Painel S.A. O levantamento considerou somente debêntures, que correspondem a cerca de 47% da dívida bruta total dessas companhias. (Folha)
Randolfe descarta mudar meta na LDO. O líder do governo no Congresso disse que o Executivo não enviará uma mensagem para modificar a meta fiscal da proposta. (Estadão)
As revisões para cima das projeções para a atividade econômica brasileira neste ano e o “bem sucedido” processo de desinflação local são fatores que levaram a Ibiuna Investimentos a afirmar a visão favorável para os ativos no Brasil no curto prazo. No longo prazo, porém, a gestora segue com visão “bastante cautelosa”, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter dito que o governo “dificilmente” irá zerar o déficit fiscal em 2024. (Mover)
Entidades que representam bancos, setores de cartões e varejistas se reunirão com o Banco Central para discutir o rotativo do cartão de crédito e o parcelamento de compras sem juros. Os bancos propõem limitar o número de parcelas sem juros a seis, enquanto as empresas independentes de maquininhas argumentam que o parcelamento não é o principal motivo dos altos juros. (Folha)
POLÍTICA
✋ O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), reiterou ontem que o governo tem compromisso com a política fiscal e tentou minimizar a fala desastrosa de Lula sobre dificilmente zerar o déficit. Segundo Alckmin, o que Lula quis dizer é que é preciso cuidar dos mais pobres diante de um cenário externo complexo. (Mover)
✋ A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, quer um gabinete formal dentro do Palácio do Planalto. “A primeira-dama dos EUA tem”, argumentou em entrevista. (O Globo)
✋ O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) ofereceu uma alternativa à discussão que acontece no Senado para barrar decisões monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal. Lira defendeu “subir o sarrafo” para quem tem direito de recorrer ao STF para pedir a anulação de legislações aprovadas pelo Congresso Nacional. (Estadão)
ESTATAIS
Um grupo de economistas e advogados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que inclui o ex-secretário de Comunicações, Fabio Wajngarten, pretende tentar barrar a privatização da Sabesp. Eles buscam se aproximar do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa uma ação sobre o tema. (Folha).
A fabricante de insumos químicos Unigel está confiante de que poderá encontrar solução junto à Petrobras para viabilizar operações de sua fábrica de fertilizantes nitrogenados na Bahia, o que permitiria reverter aviso prévio já concedido aos trabalhadores da unidade. Caso contrário, a fábrica acabaria fechada e 384 trabalhadores seriam demitidos. (Reuters)
AGENDA
O presidente Lula realiza, às 8h30, a live “Conversa com o presidente” com o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB). Às 10h, participa da abertura do 6º Brasil Investment Forum (BIF) 2023. Às 15h, recebe a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede).
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), cumpre agendas em Brasília. Às 10h, da abertura do Brasil Investment Forum (BIF) 2023. Às 14h, comparece à abertura do 4º Encontro Nacional de Municípios. Às 18h30, recebe o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), às 9h, reúne-se com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Às 11h20, participa de painel do Brasil Investment Forum (BIF) 2023. Às 17h, recebe o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn, para falar sobre o apoio do BID ao G20.
(SS | Edição: Machado da Costa | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)