Por: Sheyla Santos
Com Lula no Paraguai e em um mês decisivo para a aprovação de pautas econômicas estratégicas, como o novo marco fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), entrou em atrito com a Câmara dos Deputados.
Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, ele disse que a Casa estava concentrando um “poder muito grande”, como ele nunca havia visto nos nove anos que passou em Brasília. Haddad disse ainda que as negociações com os deputados não estão fáceis e afirmou que o país vive hoje “uma coisa estranhíssima, uma espécie de parlamentarismo sem primeiro-ministro”.
Nos bastidores, comenta-se que a frase que não pegou bem foi o comentário de que as instituições ficam e as pessoas passam, o que teria sido lido como uma afronta a Arthur Lira (PP), presidente da Câmara.
A situação levou Haddad a reunir jornalistas na portaria da Fazenda e a ter que se explicar dizendo que ele se referia à instituição como um todo, e não a um parlamentar em específico. Segundo o blog da Sadi, o mal-estar teria levado os deputados a pedirem que Lira cancelasse a reunião que teria com o relator do arcabouço fiscal, Cláudio Cajado (PP), e técnicos da equipe econômica.
A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados.
MANCHETES DOS JORNAIS
Valor Econômico: Mercado argentino sofre turbulência depois da vitória de Milei nas primárias
O Estado de S. Paulo: Na Argentina, peso cai e BC sobe juros após radical vencer prévia
O Globo: Dólar e juros disparam na Argentina após vitória de Milei
Folha de S.Paulo: Ultraliberal Javier Milei lidera, e direita domina primárias na Argentina
DESTAQUES DO DIA
O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, participa de evento do o Conselho Federal de Economia (Cofecon) em Brasília.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, participa de debate do portal JOTA, às 14h.
ECONOMIA
Na coletiva para esclarecer o mal-estar com a Câmara, Haddad destacou a importância de uma relação colaborativa entre o Executivo e a Câmara dos Deputados para resolver a questão do crédito rotativo. Ele disse que os juros excessivamente altos, em torno de 15% ao mês, não podem mais ser tolerados. O ministro enfatizou que a situação atual não é justa para os consumidores e disse que medidas devem ser tomadas para corrigir essa disparidade. (Mover)
Haddad disse ontem a jornalistas que se a Medida Provisória das offshores caducar, o governo poderá enviar o projeto junto com a peça orçamentária. (Mover)
POLÍTICA
Notícias Relacionadas
Por que a multa por acesso ao X precisa cair
Alexandre de Moraes mirou no X e acertou o internauta - leia coluna de Marcio Aith
São Paulo, 02/09/2024 – O mais perto que cheguei do Direito foi ter me formado pelo Largo de São Francisco (USP) e trabalhado por dois anos como secretário de comunicação do Supremo Tribunal Federal (STF). Sendo assim, leiam o texto abaixo como a opinião de alguém motivado pelo bom senso, e não por qualquer conhecimento […]
Perfil
Lula indica Gabriel Galípolo para comandar Banco Central; saiba mais sobre o substituto de RCN
São Paulo, 28/8/2024 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou na tarde desta quarta-feira a antecipação da indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para assumir a presidência da autarquia em 2025, em substituição ao atual chefe, Roberto Campos Neto, colocando fim a uma incógnita entre operadores de […]
Antes de ir ao ar à tarde a entrevista de Haddad a Reinaldo Azevedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia dito na live “Conversa com o presidente” que ele precisava mais de Lira do que o contrário. Lula afirmou que estava incentivando conversas do governo com o Congresso e citou Haddad como um exemplo desse movimento de diálogo. “Lamentavelmente, o nosso partido não teve maioria”, justificou Lula. (Mover)
Na mesma live, Lula afirmou que possivelmente irá lançar um programa de geração de empregos junto com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Organização das Nações Unidas (ONU).
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou, em entrevista à GloboNews, que o governo quer modernizar a legislação e os parâmetros regulatórios das Parcerias público-privadas (PPPs) no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Queremos modernizar a legislação e os parâmetros regulatórios das PPPs, das concessões, instituir regulamentos novos para fundo garantidor”,disse. (Mover)
ESTATAIS
O governo federal tentou intervir na gestão da Eletrobras, onde hoje tem posição minoritária no Conselho de Administração, pedindo ao CEO, Wilson Ferreira, que suspendesse um plano de demissões voluntárias em andamento. A pressão acirrou ânimos internos e levou o executivo a pedir demissão ontem, disseram três fontes à Mover. (Scoop by Mover)
A pressão sobre Ferreira aumentou substancialmente por conta do segundo plano de demissão voluntária em menos de um ano. Em carta, o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Efrain Cruz, disse que “sendo a União o maior acionista da empresa, manifesto minha apreensão em relação à possível saída desses funcionários”. (Scoop by Mover)
Analistas da XP acreditam que a Petrobras esteja com uma defasagem de 31% no preço do diesel e de 45% no da gasolina. Os números são substancialmente maiores do que os estimados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis. Caso estejam corretos, o rombo nas contas da Petrobras pode ser bem maior do que o esperado. (Poder 360)
AGENDA
O presidente Lula comparece, às 8h30, Palácio de López, na Esplanada da Baía, no Paraguai, à sessão solene do Congresso da Nação para o juramento de Santiago Peña como presidente do Paraguai e de Pedro Alliana como vice-presidente do país (horário local: -1h em relação à Brasília).
Às 10h30, embarca para Brasília, onde deverá desembarcar às 13h50. Às 15h, reúne-se, no Palácio do Planalto, com os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e da Secretaria- Geral, Márcio Macêdo.
Às 17h, encontra-se, no Palácio do Planalto, com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Às 8h30, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participa, Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, da abertura da conferência “O Powershoring e a Neoindustrialização Verde do Brasil – Perspectivas, Potencial, Políticas Públicas e Privadas”
Às 11h, recebe a embaixadora da Austrália, Sophie Davies. Às 15h, reúne-se com o senador Confúcio Moura (MDB). Às 16h, encontra-se com o deputado João Leão (PP).
Às 19h, participa da abertura do 31° Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, em Brasília. Às 20h, comparece à 35ª edição do Congresso Nacional Abrasel, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, no Hotel Royal Tulip Brasília.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cumpre agendas na sede da pasta. Às 10h, reúne-se com o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.
Às 11h30, recebe a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra. Pauta: adesão ao Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal.
Às 15h, recebe a deputada por Nova York, nos Estados Unidos, Alexandria Ocasio-Cortez e membros do Congresso dos EUA. Pauta: Compartilhar perspectivas sobre desafios comuns e fortalecer parcerias democráticas entre os Estados Unidos e a América Latina.
Às 17h30, reúne-se com integrantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (CONTRAF). Às 18h30, recebe o deputado Paulo Guedes (PT). Pauta: Desoneração da folha.
