Por: Simone Kafruni e Patrícia Vilas Boas
O senador Rodrigo Pacheco (PSD) e o deputado federal Arthur Lira (PP) venceram as eleições para a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente, ancorados no apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com 49 votos contra 32 de Rogério Marinho (PL), Pacheco garantiu mais dois anos no comando da Casa, assim como Lira na Câmara, que venceu com ampla margem de 464 votos. Ambas reeleições já eram esperadas.
No Senado, a eleição começou com o terceiro concorrente, Eduardo Girão (Podemos), retirando sua candidatura e anunciando apoio a Marinho, o que pode ter convertido alguns votos para a oposição à Pacheco. Os cálculos iniciais da base de Pacheco, que foi apoiado pelo governo federal, apontavam uma diferença maior.
Em discurso após ser reeleito, Pacheco reafirmou seu compromisso com o diálogo e a união das instituições, disse que será colaborativo com o presidente da República e com seus ministros, mas reiterou a defesa da independência do Congresso. Pacheco também firmou o comprometimento com a pauta das reformas econômicas, prometendo sempre submeter essa matéria “ao crivo dos parlamentares”.
Na Câmara, Lira conquistou um placar histórico, muito à frente de seus pares. A votação ocorreu na sequência da eleição no Senado e teve mais dois candidatos na corrida pela cadeira, Chico Alencar (Psol), que obteve 21 votos, e Marcelo Van Hattem (Novo), com 19. Em discurso, Lira declarou que é hora de “desinflamar” o Brasil.
“Esta Casa terá sucesso a medida que encontre o ponto de equilíbrio, o centro”, disse Lira.
(Colaboração Stéfanie Rigamonti)