Por Márcio Aith
O aplicativo de mensagens Telegram entrou em um novo conflito com a Polícia Federal envolvendo a divulgação de dados sensíveis de seus clientes. Desta vez, dentro de uma ampla investigação contra movimentos neonazistas.
Como o Telegram não entregou à Polícia Federal todos os dados solicitados sobre integrantes neonazistas, a Justiça determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirassem imediatamente o aplicativo do ar.
Segundo a Diretoria de Inteligência da PF, as empresas de telefonia Vivo (VIVT4), Claro, Tim (TIMS3), Oi (OIBR3), o Google a Apple e as responsáveis pelos aplictivos responsáveis pelas lojas Playstore e App Store, vão receber o ofício sobre a suspensão do Telegram ainda na tarde desta quarta-feira (26).
O Telegram chegou a entregar parte dos dados pedidos pela PF na sexta-feira (21), após pedir uma ajuda do Judiciário para impedir a entrega dos dados.
A corporação, entretanto, quer contatos mais profundos e detalhados sobre Integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista. O Telegram negou-se a fornecer os números de telefone, o que provocou a PF, que levou a melhor. Além de determinar a suspensão do aplicativo, a Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados: de R$ 100 mil para R$ 1, milhão por dia de recusa.
O telegram, procurado, não quis se manifestar.
No início de abril, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo. Em uma coletiva depois do caso de violência em uma creche em Blumenau, disse que a PF descobriu a conexão entre grupos neonazistas e adolescentes “violentes” em escolas.
De acordo com o ministro, as investigações encontraram grupos em São Paulo e Goiás que estariam recrutando adolescentes no Maranhão. Todos os grupos com conteúdo antissemita.
Flávo Dino informou que várias células antissemitas foram localizados em Estados do Nordeste, exatamente aonde está a disputa entre o telegram e a PM