Lula e Mercadante defendem investimentos no BNDES e Banco do Brasil (BBAS3) para impulsionar a economia

Movimentação é uma estratégia para impulsionar economia

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Simone Kafruni e Machado da Costa

Em uma reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, enfatizaram a importância de realizar investimentos no banco de fomento e no Banco do Brasil (BBAS3) como uma estratégia para impulsionar a economia do país.

Lula ressaltou a necessidade de colocar dinheiro nessas instituições financeiras e destacou a indústria de gás como um setor prioritário para receber investimentos. Ele enfatizou que o país pode conquistar o que desejar ao investir nessa área específica.

Além disso, o presidente defendeu a importância de aportar recursos no BNDES e no Banco do Brasil para que o dinheiro circule na economia. Ele criticou a devolução de recursos do BNDES ao Tesouro e ressaltou a necessidade de fortalecer o papel dessas instituições como impulsionadoras do desenvolvimento econômico.

Por sua vez, Mercadante apresentou dados que demonstram o compromisso do BNDES em fomentar as exportações do país. Segundo ele, o BNDES financiou mais exportações até junho deste ano do que em todo o ano anterior. Ele também destacou a redução do spread de exportação e mencionou a importância da regulamentação do Congresso para os projetos de saneamento.

Nessa área específica, o governo enfrenta uma resistência do Congresso por conta das mudanças que promoveu, via decreto, no Marco do Saneamento, aprovado há dois anos. Ontem, foi firmado um acordo com o Senado para que o Executivo revise partes dos decretos, reduzindo os privilégios de empresas públicas em concessões municipais.

Lula também afirmou que a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, está ciente da necessidade de oferecer crédito barato, enquanto Mercadante ressaltou a importância de reduzir o custo do crédito como um dos maiores desafios do momento.

As declarações reforçam as alternativas procuradas pelo governo para promover o crescimento econômico e fortalecer uma política industrial do país. Contudo, até o momento, pouco do que foi planejado foi efetivado. Uma das maiores apostas deve ter um desfecho entre hoje e amanhã, com a aprovação da Reforma Tributária na Câmara, um pleito de muitos anos da Indústria.