Por Reuters
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu na noite desta quinta-feira a discussão de emendas com deputados federais, mas acrescentou que “não pode” haver orçamento secreto.
O chamado orçamento secreto foi um mecanismo, criado durante o governo de Jair Bolsonaro, para distribuição de recursos conforme indicação de parlamentares, sem que houvesse clareza sobre onde o dinheiro era efetivamente aplicado. Em dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o mecanismo inconstitucional.
No atual governo, a liberação de emendas vem sendo utilizada pelo Planalto como uma das maneiras para obter apoio dos deputados em votações importantes, como a da reforma tributária.
Durante entrevista à Record TV, Lula também reafirmou que não indica amigos para o STF.
Recentemente, Lula recebeu uma série de críticas por ter indicado o advogado Cristiano Zanin para vaga de ministro do STF, em substituição a Ricardo Lewandowski. As críticas surgiram justamente por conta da proximidade de Zanin e Lula — o advogado defendeu o presidente em processos no âmbito da operação Lava Jato.
Lula disse que nunca precisará de “um favor” de Zanin no Supremo, “porque eu nunca vou fazer algo errado”. Questionado sobre sua próxima indicação para o tribunal, ele se esquivou.
“Eu sempre indicarei as pessoas de acordo com os interesses da sociedade brasileira”, disse.