Por Erick Matheus Nery — atualizado às 16h04
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), admitiu nesta sexta (7) que a votação do arcabouço fiscal ficará para agosto. Contudo, após conseguir a aprovação da reforma tributária, o político manteve as discussões em torno do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) com o objetivo de apresentar mais uma sinalização positiva ao Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
“O fato do Carf ter entrado na avaliação de hoje dará um conforto de previsibilidade para a próxima reunião do Copom, que com todos os sinais que a política e o Congresso vem dando e a economia vem fazendo, não tenho dúvidas de que respeitando a autonomia do BC, teremos sim a partir de agosto, se Deus quiser, um começo da redução da taxa de juros”, destacou Lira em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.
Segundo o presidente da Câmara, está precificado que o arcabouço fiscal será votado na volta do recesso parlamentar “com alterações mínimas do texto que foi aprovado na Câmara e votado no senado”.
“O relator [Claudio Cajado (PP-BA)], fisicamente, não estava hoje em Brasília e não tinha entregue o relatório, pois todo o nosso foco estava na reforma tributária”, prosseguiu Lira.
Isso não deve atrapalhar nenhum tipo de encaminhamento porque o arcabouço foi votado nas duas Casas, as alterações são básicas, com respeito a alguns temas que não tem muita significância para as metas traçadas no projeto.
O posicionamento de Lira vai na contramão do que Cajado disse à TC Rádio na última terça (4). Na ocasião, o relator do arcabouço disse que defenderá a reversão das mudanças feitas pelo Senado na proposta, pois enxerga elas como negativas e prejudiciais para o governo