Haddad não consegue fechar a conta para zerar déficit em 2024

Economistas preveem bloqueio de mais de R$50 bilhões

Agência Brasil
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Por: Sheyla Santos

A promessa de zerar o déficit fiscal já em 2024 é questionada por economistas de mercado, que preveem que o governo poderá ter que enfrentar um contingenciamento já no primeiro ano de vigência do novo arcabouço fiscal.

De acordo com a previsão de economistas ouvidos pela Folha, os bloqueios podem ser de até R$53 bilhões.

O novo regime que substitui o teto de gastos não prevê punições em caso de não cumprimento de metas, mas aciona gatilhos para ordenar as contas públicas, como a trava de até 25% das despesas discricionárias, ou seja, aquelas que o governo consegue remanejar. 

A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.

MANCHETES DOS JORNAIS

Valor Econômico: Capitais aceleram investimentos em ano anterior à eleição municipal

O Estado de S. Paulo: Em meio a escalada entre Israel e Hezbollah, EUA enviam armas e Irã ameaça

O Globo: Com 4 mil mortos, cresce temor por extensão do conflito

Folha de S.Paulo: EUA e Irã trocam ameaças sobre a guerra em Israel

DESTAQUE DO DIA 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), cumpre agendas em Shangai, na China, incluindo visita ao centro de pesquisa da empresa Huawei.

ECONOMIA

O governo tenta evitar o gasto de R$8,6 bilhões com o FGTS. Além do impacto fiscal, o Executivo teme que a decisão negativa à União inviabilize o financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. (Valor)

A alta do petróleo vira aposta da equipe econômica para melhorar a arrecadação. A disparada no preço do barril após o ataque do Hamas a Israel não deve, porém, reverter a tendência de perda de força nas receitas do governo. (Valor) 

Há uma expectativa pelo avanço da pauta econômica no Congresso, com a aguardada votação da taxação de fundos exclusivos e de offshores até quarta-feira, como mencionado pelo relator do projeto na Câmara dos Deputados, Pedro Paulo (PSD). (Mover)

POLÍTICA

O Tribunal Superior Eleitoral irá analisar amanhã duas ações contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se condenado pelas ações movidas pela coligação partidária de Jair Bolsonaro, Lula poderá ser cassado e ficar inelegível por oito anos. A Corte também deverá retomar o julgamento de três ações contrárias ao ex-presidente. (Estadão)

Aliado, o senador Davi Alcolumbre (UB) gera incômodo no Planalto. Embora tenha indicado dois ministros, o senador pautou na CCJ projetos que desagradam à esquerda, como o marco temporal das terras indígenas, e está travando a sabatina de nomes escolhidos por Lula para o STJ. (O Globo) 

ESTATAIS

A Petrobras trava uma disputa com sindicatos a respeito de reajuste salarial. Entre outros pontos, os petroleiros reivindicam aumento real de 3, 3,8% de reposição das perdas acumuladas e equiparação de salário da Petrobras e subsidiárias. Em nova proposta, a empresa propõe reposição de 4,66% com base no IPCA de setembro de 2022 a agosto de 2023 e um ganho real de 1%. (Estadão)

A estatal moveu uma ação contra União na Justiça para cobrar “compensação de prejuízos” estimados em R$453 milhões, disse a coluna Radar. (Veja)

A privatização da Emae, a elétrica estatal paulista, que deverá seguir o formato de venda e não uma pulverização via oferta de ações, tem atraído grandes grupos como Eletrobras, Auren Energia e a chinesa CTG, disseram fontes. A Eletrobras, que possui 39% das ações preferenciais da Emae, pode fazer uma oferta pelo controle ou vender sua fatia, a depender do preço, acrescentaram as fontes. (Valor)

AGENDA

O presidente Lula segue Palácio da Alvorada, onde se recupera após duas cirurgias.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, cumpre agendas no Palácio do Planalto. Às 8h30, reúne-se com o diretor de Gestão Corporativa da APEX Brasil, Floriano Pesaro. Às 14h, participa remotamente do 8º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, cujo tema é “Neoindustrialização: Bases para um Desenvolvimento Sustentável”.

Às 15h, Alckmin encontra-se no gabinete do MDIC com o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), não havia divulgado agenda pública até as 8h30.

(SS | Edição: Machado da Costa | Arte: Vinícius Martins | Comentários: equipemover@tc.com.br)