Por: Machado da Costa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que varejistas chinesas de comércio eletrônico aceitaram a proposta do governo de realizar o pagamento de um tributo antecipadamente para poder vender produtos no Brasil, o que foi chamado de “Digital Tax”.
“O que estamos fazendo é nos adequar ao que os países desenvolvidos já fazem, com o Digital Tax”, afirmou Haddad, em coletiva nesta quinta-feira, após receber representantes da varejista Shein. Segundo ele, Shopee e Aliexpress, outras varejistas chinesas, já haviam aceitado a proposta. “As outras companhias já tinham enviado cartas ao Ministério aceitando o Plano de Conformidade da Receita Federal.”
Assim, haverá uma cobrança adicional de impostos, porém, ela não confronta as afirmações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, na terça, disse que não haveria mudanças nas regras compra de produtos importados por pessoas físicas.
O que a Digital Tax fará é liberar o consumidor da responsabilidade de pagar, de forma avulsa, o imposto de importação sobre os produtos. A própria companhia faz o recolhimento da taxa, algo que outras varejistas de comércio eletrônico importado já faziam, como o eBay.
Haddad afirmou que a Shein também fez compromissos de investir em produção no Brasil e nacionalizar, em quatro anos, 85% de suas vendas no país.