Por: Sheyla Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse há pouco a jornalistas que o contingenciamento das despesas do governo no ano que vem poderá atingir até R$23 bilhões por conta das regras do novo arcabouço fiscal.
Em relação à expansão dos gastos, Haddad afirmou que o montante pode alcançar até R$15 bilhões. O ministro participou de um evento sobre transformação ecológica em São Paulo.
O discurso de Haddad vai na contramão do previsto pela Comissão de Orçamento da Câmara e pelo relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (UB), que preveem cortes no orçamento da ordem de R$60 bilhões em 2024.
“O marco fiscal estabelece que o dispêndio público do ano seguinte não pode ser inferior a 0,6%, em termos reais, nem superior a 2,5% em termos reais. Essa é uma espécie de canal por onde o dispêndio público vai andar”, detalhou o chefe da Fazenda, referindo-se à banda imposta pelo marco fiscal.
“Como o orçamento encaminhado para o Congresso prevê 1,7% de dispêndio a mais do que esse ano, das duas uma: ou ele vai migrar para 0,6% se a receita não corresponder, ou ele vai subir para 2,5% se a receita corresponder”, acrescentou o ministro.
(SS | Edição: Simone Kafruni | Comentários: equipemover@tc.com.br)