Haddad diz "estar tranquilo" em relação à divulgação do novo arcabouço fiscal

O ministro reforçou que o anúncio será feito após a viagem que ele fará juntamente com Lula

Agência Brasil
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Por Sheyla Santos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira à noite a jornalistas que está tranquilo em relação à divulgação do arcabouço fiscal e reforçou que o anúncio será feito após a viagem que ele fará juntamente com a Presidência da República e empresários neste final de semana.

Embora o lançamento da regra fiscal que irá substituir o Teto de Gastos tenha sido adiado pelo presidente Lula, que o orientou na sexta-feira a trabalhar a articulação política antes da divulgação, o titular da pasta disse hoje estar tranquilo em relação à área técnica dos quatro ministérios econômicos com os quais se reuniu e a Casa Civil.

“Fizemos uma reunião hoje com três ministérios — Gestão, Inovação, Planejamento e Fazenda —, fechamos os detalhes pedidos na reunião de sexta-feira. Estamos alinhados e, agora, nós vamos prosperar, fazer chegar ao conhecimento do presidente da República os detalhes que ele pediu”, afirmou.

Haddad disse ainda que nos próximos dois dias o presidente Lula estará em viagem oficial e, em função disso, tem encontrado dificuldade de agendar uma nova reunião de apresentação com o mandatário para expor os detalhes pedidos por ele na última semana.

O chefe da Fazenda negou que o adiamento da divulgação da âncora fiscal tenha sofrido algum tipo de rejeição e disse não ver razão para preocupação.

“Não vejo razão para preocupação, de verdade. Acho que está bem avançado”, disse. “[A divulgação] deve acontecer depois da viagem à China porque ele [o presidente] queria que eu estivesse ao longo do tempo, depois da divulgação, disponível para a sociedade e imprensa para esclarecimentos.”

MARCO REGULATÓRIO DAS PPPs

O ministro disse que, além das rodas de conversa para exposição da nova regra, pediu ao Tesouro Nacional e à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que acelerassem o marco regulatório das Parcerias público-privadas (PPPs). O objetivo da pasta, segundo o ministro, seria a apresentação de um processo de aceleração do investimento.

“As concessões não precisam de investimento público, estão fora dessa conta, mas as PPPs são uma estratégia de alavancagem dos investimentos no país”, disse.