Por Sheyla Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que a pasta defende um ajuste na mudança do cálculo da inflação, que hoje é de meta calendário, para meta contínua, e afirmou que a meta para o índice em 2024 permanecerá em 3%. A informação foi divulgada no jornal O Globo pela colunista Miriam Leitão, que gravou uma entrevista com o chefe da Fazenda na tarde de hoje.
A fala de Haddad ocorre na véspera da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão do Sistema Financeiro Nacional cuja responsabilidade é formular a política da moeda e do crédito. O encontro define, entre outros pontos, de que forma a inflação será aferida.
Para o ministro, no que se refere às discussões sobre índice, o ano que vem já está definido, pois tanto ele quanto a equipe econômica miram agora o horizonte econômico de 2025 e 2026. Segundo Haddad, que já criticou a meta-calendário em outras ocasiões e defende um horizonte que dure mais de um ano para verificação do cumprimento da meta, apenas dois países no mundo adotam o modelo de aferição atual, o que para ele “causa apreensão desnecessária” todos os anos.
O ministro da Fazenda deverá dar mais detalhes sobre o assunto em uma entrevista prevista para ir ao ar hoje às 23h00 na GloboNews