Por Reuters
O governo federal vai criar uma força-tarefa para acelerar as nomeações de indicados dos partidos para cargos nos ministérios e cobrar semanalmente uma lista de parlamentares atendidos pelas pastas, em uma tentativa de responder à pressão do Congresso.
“Constituímos uma força-tarefa permanente dos ministérios para acelerar a análise técnica dos nomes para composição do governo”, disse o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
“Mostramos no dia de ontem 403 currículos apresentados pelos deputados que estão em análise nos ministérios, alguns há 30 dias, alguns há 60 dias”, acrescentou.
Essa foi a principal queixa apresenta pelo ministro da SRI durante a reunião ministerial de quinta-feira. Padilha tem sido responsabilizado, no Congresso, pelo não atendimento de demandas por parte do governo. Os nomes, no entanto, estariam parados nos ministérios, depois de já terem sido negociados pela SRI.
Em reuniões anteriores o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha cobrado dos ministros que acelerassem as nomeações, mas o processo continua lento.
Também há uma queixa de que parlamentares não são atendidos e não conseguem apresentar ao governo os pleitos de suas regiões. O ministro chegou a dizer que o governo estaria com uma imagem de “avesso ao Congresso”.
A partir de agora, segundo Padilha, os ministros terão um dever de casa semanal: repassar à SRI os atendimentos feitos não apenas pelo chefe da pasta, mas também pela equipe.
“Semanalmente a SRI vai entregar esse mapa aos líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso para que eles possam repassar isso para os líderes partidários e para que a gente possa fazer um mapeamento. Esse é um governo que está aberto a interlocução com o Congresso, com atores políticos, prefeitos, governadores”, disse Padilha.