Por: Sheyla Santos
O Ministério das Relações Exteriores informou que identificou, até o momento, três brasileiros desaparecidos e um ferido, todos binacionais, que estavam em um festival de música em Israel. O Hamas, grupo terrorista que controla a Palestina, utilizou o evento para iniciar sua incursão dentro do território israelense.
De acordo com a embaixada brasileira em Tel Aviv, cerca de 1.000 brasileiros e dependentes preencheram o formulário online para requerer auxílio do Itamaraty. O governo brasileiro está trabalhando na repatriação destas pessoas.
No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou por meio da plataforma X – antigo Twitter – estar chocado com os ataques terroristas realizados contra civis em Israel, repudiou o terrorismo, e disse que “o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”.
Os impactos da incursão terrorista do Hamas sobre Israel ainda não estão claros sobre os mercados financeiros. Uma eventual escalada do conflito envolvendo o Irã pode ter efeitos profundos sobre o mercado de petróleo, por conta da influência do país sobre o Estreito de Hormuz – por onde trafega grande parte do óleo comercializado no mundo.
De acordo com autoridades israelenses, o total de mortos ultrapassou 1.200, até o momento. Há também 2.300 feridos, sendo 365 em estado grava.
A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados. Para mais informações, siga a cobertura dos principais acontecimentos nos terminais Mover e TC Economatica.
MANCHETES DOS JORNAIS
Valor Econômico: Mercado prevê dólar a R$5 no fim do ano, mas revê apostas para a taxa de juro
O Estado de S. Paulo: Netanyahu promete aniquilar Hamas, que fez 130 reféns
O Globo: Mortos em Israel passam de 700, e Gaza sofre 800 bombardeios
Folha de S.Paulo: Guerra escala em Israel; mortos em festa são 260
DESTAQUES DO DIA
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), realiza, às 10h, entrevista coletiva sobre o programa de renegociação de dívidas Desenrola.
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), viaja à China e à Índia com parlamentares para cumprir agendas relativas ao G20. O retorno está previsto para o dia 22.
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do XXXIII Encontro de Lisboa de Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, em Portugal.
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EUA enfrentam escassez de Ozempic e Wegovy com solução legal, enquanto Brasil afunda em falsificações perigosas
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ECONOMIA
O governo federal lança nesta segunda uma nova fase do programa Desenrola, que contará com uma plataforma digital na qual cidadãos com renda de até dois salários mínimos poderão negociar dívidas bancárias e não-bancárias de até R$5 mil. Os débitos poderão ser pagos à vista com desconto ou em até 60 parcelas com juros de até 1,99% ao mês. Para acessar a plataforma é necessário se cadastrar gratuitamente no portal gov.br, do governo federal. (Mover)
Ranking da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres), divulgado pela Folha, mostra que o Brasil tem a conta de luz mais cara em um grupo de 34 países que compõem a OCDE. Os brasileiros reservam 4,54% da sua anual de geração de riqueza para este tipo de conta, seguido pelos espanhóis (2,85%) e alemães (1,72%). O ranking considerou as tarifas praticadas em 2022. (Folha)
POLÍTICA
Por meio do X (antigo Twitter), Lula conclamou a comunidade internacional ao trabalho para a retomada imediata de negociações “que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”. (Mover)
No Congresso, a oposição deve ir à tribuna nesta semana cobrar de Lula um posicionamento mais firme do Brasil em relação ao tema, diz o colunista Lauro Jardim. O deputado e ex-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel, Sóstenes Cavalcante (PL), disse esperar que o governo brasileiro inclua o Hamas como grupo terrorista. (O Globo)
ESTATAIS
A Petrobras confirmou que a Câmara Superior de Recursos Fiscais, do CARF, negou provimento ao recurso em disputa tributária envolvendo IRPJ e CSLL de sua controlada no exterior em 2013 e 2014. Os débitos fiscais da decisão somam R$6,5 bilhões e a Petrobras informou que não possui o montante provisionado, mas avaliará medidas para defender seus interesses. (Mover)
O Bradesco elevou recomendação para o segundo maior banco da América Latina de ‘neutra’ para ‘compra’, com preço-alvo de R$60 por ação. O analista Gustavo Schroden, do Bradesco, se referiu ao BB como “uma fortaleza protegida por uma alta lucratividade, um sólido capital e dividendos atrativos”. (Brazil Journal)
A Sabesp está investindo em projetos de energia, com meta de ter 45% de seu consumo vindo de ativos próprios de geração e outros 4,5% de geração distribuída por meio de usinas solares fotovoltaicas, em cinco anos. A ideia é lançar licitação ainda em 2023 para contratar um projeto relevante de autoprodução com fonte renovável. (Valor)
AGENDA
O presidente Lula segue em recuperação pós-cirurgias no Palácio da Alvorada.
Às 10h30, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, participa da Cerimônia de Lançamento da Pedra Fundamental da Planta de Produção de Carros Elétricos e Híbridos PHEV BYD, em Camaçari (BA).
Ainda em Camaçari, Alckmin comparece, às 15h, à celebração da expansão da Bridgestone Bahia, e às 16h35 visita o Campus Cimatek Park. Às 18h20, viaja para Salvador (BA).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cumpre agendas em São Paulo. Às 10h, participa de entrevista coletiva de lançamento de nova fase do Programa Desenrola. Às 11h, recebe o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD).
Às 15h, Haddad participa de reunião virtual com o senador e relator da reforma tributária, Eduardo Braga (MDB). Às 18h, participa de videoconferência com os ministros da Educação, Camilo Santana; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
