Por: Sheyla Santos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que está mirando o retorno das atividades do Legislativo para dar andamento a uma série de pautas prioritárias da Fazenda.
Segundo ele, a agenda da Câmara dos Deputados em agosto está bem alinhada com projetos importantes — o marco das garantias, a questão do crédito e o arcabouço fiscal. Há ainda, o olhar atento ao Senado com o início da tramitação da reforma tributária.
“Nós queremos realmente baixar os spreads, se nós aprovarmos o marco de garantias, e, obviamente, a palavra final sobre o marco fiscal”, disse Haddad.
“O arcabouço [fiscal] precisa ter a sua solução definida, até para que a peça orçamentária possa ser concluída e encaminhada para o Congresso. Nós dependemos dessa decisão para fechar o texto da PLOA, projeto de lei orçamentária anual”, acrescentou.
A seguir, confira as notícias do mundo político que podem ter algum impacto hoje nos mercados.
MANCHETES DOS JORNAIS
Valor Econômico: Mercado aposta em corte da Selic em reunião do Copom, mas diverge sobre percentual
O Estado de S. Paulo: Novo cenário mundial aponta Índia e México como potências
O Globo: Nordeste deve ganhar mais peso na Reforma Tributária
Folha de S.Paulo: Operação da PM em Guarujá deixa ao menos dez mortos
DESTAQUES DO DIA
Haddad, da Fazenda, recebe CEOS de bancos em São Paulo.
ECONOMIA
O Desenrola, programa do governo para renegociação de dívidas, terminou sua primeira fase na sexta-feira com o saldo de 6 milhões de dívidas “desnegativadas”. (O Globo)
Haddad afirmou a jornalistas que, na visão dele, há um “espaço razoável” para um corte da taxa básica de juros, a Selic, nesta quarta-feira. “Penso realmente que há espaço para um início de corte razoável, porque nós estamos muito distantes do que o Banco Central chama de juro neutro, que é inferior a 5%. Nós estamos com o dobro do juro neutro. Então tem um espaço generoso aí pra aproveitar, mas quem vai definir é o Banco Central”. (Mover)
Haddad também informou que em duas semanas a Fazenda deve divulgar estudos sobre as alíquotas da Reforma Tributária, incluindo os impactos que exceções a setores específicos podem ter sobre a alíquota cheia do IVA. (Estadão)
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), esteve no Japão, na sexta-feira, e fechou um acordo no qual as restrições de exportação de carne, frango e ovos do Brasil pelo Japão ficam limitadas aos municípios onde houver detecção de focos da gripe aviária, e não mais aos estados. Por conta de focos de gripe aviária, o Japão havia decidido suspender temporariamente as importações dos produtos do Espírito Santo e de Santa Catarina. (Mover)
POLÍTICA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá destravar a reforma ministerial nesta semana. A primeira mudança deverá começar pela troca de comando na Caixa. É esperado que a substituição de Rita Serrano na presidência do banco pela ex-deputada Margarete Coelho seja sacramentada até sexta-feira. (O Globo)
Os comandos dos ministérios do Esporte, Portos e Aeroportos, Ciência e Tecnologia, e Desenvolvimento Social continuam na mira de partidos do chamado Centrão — PP e Republicanos. (O Globo)
ESTATAIS
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse no domingo que a petroleira tem a intenção de explorar a Foz do Amazonas na Margem Equatorial. Segundo ele, o tema se tornou uma “campanha de desestabilização” da gestão atual. (Estadão)
Conforme antecipado por fontes ao Scoop by Mover, o presidente Lula tem mostrado nos bastidores insatisfação com a gestão da Petrobras, com cobranças para que a estatal “ajude” mais o governo com investimentos e controle sobre os preços de combustíveis, além de cargos para políticos aliados.
Embora a pressão seja grande para que Prates, o CEO da petroleira, comece a fazer “entregas”, não está no horizonte uma mudança no comando da companhia no momento. “Ele está balançando, mas ainda não houve um motivo público para sua demissão, um erro crasso”, afirmou uma das fontes. (Mover)
Também tem havido discordâncias públicas entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), sobre políticas para aumentar a oferta de gás natural, e o chefe da pasta já defendeu em discurso que a Petrobras poderia dar “uma contribuição maior” para conter os preços dos combustíveis. Para Lula e Silveira, a Petrobras estaria deixando a desejar em iniciativas importantes para o governo, como a retomada da indústria naval e o aumento da oferta de gás para a indústria. (Mover)
AGENDA
O presidente Lula cumpre agenda no Palácio do Planalto. Às 9h, recebe a secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha. Às 11h, participa da cerimônia de sanção do Projeto de Lei n° 2617, de 2023, que institui o Programa Escola em Tempo Integral.
Às 15h, recebe o presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, Ministro Lelio Bentes Corrêa. Às 16h, encontra-se com o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana.
Às 17h,reúne-se com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, recebe, às 15h30, o presidente da XCMG, Li Hanguang. Às 17h, reúne-se com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Às 18h, encontra-se com o CEO do Porto do Açu, José Fiemo. Às 19h, recebe o presidente da Associação Brasileira de Harvard, Erik Navarro Wolkart.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), recebe, às 10h, CEOS de bancos, no escritório da pasta em São Paulo.
À tarde, cumpre agendas na sede da pasta em Brasília. Às 15h30, participa do lançamento do novo sistema de Controle de Carga e Trânsito para o modal aéreo (CCT Importação – Aéreo).
Às 17h, recebe o presidente da XCMG Brasil, Li Hanguang.