“Eu não tomei a vacina”, diz Bolsonaro após prisão de aliado pela PF

Polícia Federal faz operação na casa de ex-presidente nesta quarta

Agência Brasil
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Por Bruno Andrade

“Não tomei a vacina, ponto final, nunca neguei isso”, disse o ex-presidente da República Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (03). A fala acontece após operação da Polícia Federal na residência do político.

Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão da operação vitrine, que faz parte do inquérito das mídias digitais, a qual é comandada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo a Polícia Federal, o processo apura a “associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde”.

De acordo com os investigadores, os criminosos emitiam, de forma falsa, o certificado de vacinação, entre novembro 2021 e dezembro de 2022, para que as pessoas pudessem viajar para os EUA.

“Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte”, afirmou Bolsonaro em entrevista após sair da sua casa.

“O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina”, explicou.

Segundo Bolsonaro, o cartão de vacina da ex-primeira dama, Michele Bolsonaro, também foi fotografado. A esposa do ex-presidente tomou a vacina nos Estados Unidos, da Jansen.

“E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante a isso”, comentou Bolsonaro.

Na operação, foram 16 mandados de busca e apreensão e mais 6 mandados de prisão preventiva em Brasília a no Rio de Janeiro. Um aliado de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso durante a operação.