Em discurso para G20, Haddad acena a Lira por avanço de reformas econômicas na Câmara

Haddad também acenou a Campos Neto, do BC

Agêcia Brasil
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Por: Sheyla Santos e Simone Kafruni

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), incluiu em seu discurso sobre a participação brasileira na presidência do G20 um aceno ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), em razão do avanço das reformas econômicas.

“Agradeço ao presidente Arthur Lira, aqui presente, pela determinação em fazer a agenda de reformas avançar”, disse o ministro, ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A fala ocorreu em reunião fechada de instalação da cúpula do G20, no Palácio do Planalto. Ao todo, o encontro contou com a presença de 40 pessoas, incluindo o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros.

Haddad também acenou a Campos Neto, do BC, e disse que tanto o Ministério da Fazenda quanto a autarquia elaboraram juntos a lista de prioridades do país na trilha financeira do G20. 

“Nosso ministério, junto ao Banco Central, está pronto para coordenar a trilha financeira e dar contribuição para o sucesso da presidência brasileira do G20”, pontuou, complementando que presidir o G20 também implica em um desafio logístico, tendo em vista que haverá a realização de centenas de reuniões em todo o país. 

Como prioridades do Brasil na trilha financeira, Haddad elencou o aprofundamento de uma reforma das instituições que atuam nas finanças internacionais; o desenvolvimento de uma nova abordagem para que haja uma tributação internacional justa; a busca de soluções para corrigir desigualdades; o trabalho para fechar brechas legais que permitam a evasão fiscal; e, ainda, a criação de mecanismos de compartilhamento de riscos entre o capital público e o privado.

Como prioridade do país na presidência do G20, o chefe da Fazenda mencionou também o interesse em promover um fluxo contínuo de recursos concessionais a países de baixa e média renda, além de avançar na resolução da dívida externa dessas nações, em particular de países africanos.

(SS | Edição: Leandro Tavares | Comentários: equipemover@tc.com.br)