Copom deve ser mais harmonioso após arcabouço, diz Tebet

Tebet ponderou hoje que as decisões do Copom são técnicas

Pixabay
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Por Stéfanie Rigamonti

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), disse a jornalistas nesta quinta-feira, após coletiva de apresentação do novo marco fiscal, que as próximas atas sobre decisão da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central devem vir mais harmoniosas com a apresentação das regras fiscais.

Tebet disse, contudo, que não há uma relação umbilical entre o arcabouço e as decisões de juros, já que a última ata do Copom mostrou que há também questões macroeconômicas globais relacionadas à política monetária local.

Contrariando posição recente de se juntar às pressões do governo pelo corte de juros, Tebet ponderou hoje que as decisões do Copom são técnicas e não cabe a ela discutir o assunto.

Mas reafirmou que os comunicados e as atas do BC têm viés político e, por isso, o governo precisa se posicionar em relação aos pontos que lhe dizem respeito nesses documentos.

Tebet ressaltou que as novas regras fiscais do governo são críveis e palpáveis, e afirmou que a proposta deve agradar a oposição liberal no Congresso, assim como o mercado, porque prevê uma trava nos gastos, firma compromisso em tornar a economia superavitária e tem responsabilidade com o controle da dívida pública.