Biden reafirma apoio à Ucrânia após saída da Rússia de tratado

Mais cedo, presidente russo anunciou que sairia do acordo de armas nucleares

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Por: Maria Luiza Dourado

Em discurso na Polônia, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden reafirmou nesta terça-feira o apoio norte-americano à Ucrânia na guerra contra a Rússia, após o presidente russo Vladimir Putin culpar o Ocidente pelo conflito e anunciar a saída do país do acordo de armas nucleares, em discurso em Moscou mais cedo.

Biden reafirmou hoje durante um discurso em Varsóvia, na Polônia, o apoio dos Estados Unidos ao país comandado por Vladimir Zelensky do conflito contra a Rússia que completará um ano na sexta-feira, 24 de fevereiro.

Segundo o presidente norte-americano, Putin não duvida da força da coalizão entre Ucrânia, Europa e Estados Unidos, mas duvida da permanência da mesma. “Não estamos cansados”, afirmou Biden. Ele disse que os aliados da Ucrânia anunciarão mais sanções à Rússia ainda nesta semana.

Os Estados Unidos anunciaram ontem um novo pacote de ajuda militar de US$500 milhões à Ucrânia, após visita de Biden à capital ucraniana Kiev.  

Mais cedo, em discurso à elite russa, Putin comunicou a saída da Rússia do último tratado de controle de armas nucleares “New START”, ou “Tratado de Redução de Armas Estratégicas”, firmado em 2010 junto aos Estados Unidos e que deveria valer até 2026, informaram agências de notícias. O tratado limitava o arsenal de armas nucleares dos signatários.

Putin justificou a decisão alegando que autoridades americanas estavam pensando em retomar testes de armas nucleares e que, portanto, o governo russo deveria estar pronto para fazer o mesmo.

Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, classificou o movimento como infeliz e irresponsável, em posicionamento oficial, e Biden afirmou não haver razão para o país mudar sua postura perante o tratado, informaram agências de notícias.

O presidente russo disse ainda em seu discurso que “a Ucrânia e o Ocidente provocaram o conflito” com a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte.