Ausência de Trump em fórum evangélico de Iowa deixa espaço para rivais em disputa presidencial

A ausência de Trump irritou os organizadores do fórum

Reuters News Brasil
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Por Reuters

Os pré-candidatos à indicação presidencial do Partido Republicano comparecerão a um encontro de conservadores no Estado de Iowa nesta sexta-feira, mas o evento será mais notável por quem não estará presente: o favorito nas pesquisas de opinião, Donald Trump.

A ausência de Trump irritou os organizadores do fórum, o grupo ativista cristão The Family Leader, que argumenta que o ex-presidente está desperdiçando uma oportunidade de cortejar os evangélicos de Iowa, um importante bloco eleitoral republicano.

Iowa realizará a primeira disputa da primária republicana em 15 de janeiro, quando os eleitores selecionarão suas preferências para possivelmente enfrentar o presidente Joe Biden em novembro de 2024. Candidatos que receberam forte apoio evangélico venceram o Estado nos últimos anos.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, o ex-vice-presidente Mike Pence, a ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley e o senador Tim Scott estarão entre os candidatos que comparecerão ao fórum, moderado pelo ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson. A campanha de Trump disse que ele teve um conflito de agenda.

DeSantis, que as pesquisas nacionais mostram ser o adversário mais viável contra Trump, está contando com uma vitória em Iowa para turbinar sua campanha e desacelerar o ímpeto do ex-presidente.

Com uma vantagem de cerca de 30 pontos percentuais nas pesquisas, Trump parece querer se envolver com os eleitores de Iowa em seus próprios termos. Depois que ele foi criticado por se ausentar do evento evangélico, sua campanha anunciou que ele retornará a Iowa para um encontro com eleitores na próxima semana.

O ex-presidente também causou alvoroço em Iowa nesta semana ao criticar a popular governadora republicana do Estado, Kim Reynolds, sugerindo que ela apoia DeSantis apesar da promessa de neutralidade na disputa.

Espera-se que Reynolds apareça no fórum nesta sexta-feira e assine um projeto de lei que proíbe o aborto após seis semanas de gestação. Trump tem criticado tais restrições como sendo politicamente divisivas.