Por Stéfanie Rigamonti
O ministro dos Transportes, Renan Calheiros Filho (MDB), disse nesta segunda-feira não acreditar que o novo arcabouço fiscal irá minguar as condições de investimentos no país. “Não acredito que seja uma escolha de Sofia”, afirmou.
Filho declarou que, se tivesse que haver uma escolha, o Brasil teria que optar pela sustentabilidade das contas públicas, o que impactaria o crescimento econômico do país. “Um país sem sustentabilidade obrigatoriamente teria que lidar com inflação alta”, argumentou.
Mas o ministro enfatizou que essa não é a situação do Brasil. Segundo o ministro, é possível garantir responsabilidade fiscal e os investimentos em infraestrutura no país, ampliando concessões e Parcerias Público-Privadas.
Durante a Arko Conference 2023, em São Paulo, Filho disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem um pensamento semelhante com o dele, de que é possível buscar ampliar os investimentos que garantirão o país crescer, mas sempre primando a responsabilidade fiscal.
O ministro citou o Teto de Gastos, dizendo que foi uma medida necessária para aquele momento de crise econômica no país e rombo nas contas públicas, mas afirmou que a âncora fiscal não fez diferenciação de gastos, o que impactou os investimentos em infraestrutura no país. Filho disse que o novo arcabouço fiscal será diferente.
Em sua fala no evento, o ministro afirmou que nesta semana Haddad fará “uma peregrinação muito grande” para apresentar ao Brasil as novas regras fiscais.
Questionado pela Mover se isso significa que a nova âncora fiscal será apresentada nesta semana, Filho disse que tudo depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas reforçou o que disse mais cedo o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, que, com o adiamento da viagem do governo à China, o processo para apresentação da proposta vai acelerar.