Por: Sheyla Santos e Simone Kafruni
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), afirmou que o arcabouço fiscal deverá ser votado entre hoje e amanhã. Para bater o martelo sobre a data, Lira disse que dependeria apenas de uma reunião de líderes que será realizada ainda hoje.
“A votação do arcabouço será de hoje para amanhã, com envio para o Senado”, disse.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que além do novo marco fiscal, a reforma tributária deverá ser votada ainda no primeiro semestre. “Vamos concluir neste semestre as duas matérias [arcabouço fiscal e reforma tributária] na Câmara dos Deputados.”
A fala das duas autoridades ocorreu em frente à residência oficial do Senado Federal, onde Lira e Haddad participaram de reunião seguida de almoço com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, além dos relatores do arcabouço fiscal e da Reforma Tributária, deputados Cláudio Cajado e Aguinaldo Ribeiro, ambos do partido Progressistas.
Lira disse que a discussão sobre a taxa de juros foi pauta da reunião e afirmou que o ministro da Fazenda faz uma interlocução “muito firme” com o Congresso Nacional. “Esperamos andar com o que é necessário, o dia de hoje é simbólico”, disse. “Pedimos apoio para a Reforma Tributária, que está na premência de ser votada. A revisitação dos temas que o Congresso votou tem que ocorrer nas duas casas”.
Segundo Lira, tanto a Câmara quanto o Senado estão “sintonizados para o Brasil se desenvolver”.
Pacheco, do Senado, disse que o objetivo do encontro de hoje é “marcar um ambiente de estabilidade” entre o setor produtivo e os poderes Legislativo e Judiciário. O presidente do Senado defendeu ainda que temas como o marco do saneamento e a autonomia do Banco Central sejam mantidos. “Não podemos abrir mão disso, mas há harmonia entre o Executivo e o Legislativo”, pontuou.
Em tom harmonioso, o ministro Haddad elogiou a articulação do arcabouço fiscal e se disse impressionado com o consenso das casas legislativas em torno do novo marco fiscal.