Alckmin diz que novo arcabouço fiscal trará segurança para baixar os juros

Alckmin argumentou que já há alguns sinais de que há uma melhora nas expectativas do mercado com relação à economia brasileira

Agência Brasil
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Por: Stéfanie Rigamonti

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta sexta-feira que o texto do novo arcabouço fiscal trará segurança com relação à responsabilidade do governo com as contas públicas para que o Banco Central promova o início do corte da taxa básica de juros Selic.

Em entrevista à rádio BandNews FM, Alckmin argumentou que já há alguns sinais de que há uma melhora nas expectativas do mercado com relação à economia brasileira, o que, somado às indicações do governo de mais responsabilidade fiscal, poderá abrir espaço para essa redução da taxa de juros e contribuir para um ambiente de crescimento econômico.

“Há um tripé importante: câmbio, juros e imposto. O câmbio eu diria que está competitivo, está bom. Nós tivemos nesta semana uma redução do preço do dólar, tivemos também um crescimento da bolsa de valores. Então, é um momento bom da economia. Caiu a inflação no mês de março. E tem duas reformas importantes para os próximos dias”, disse Alckmin em referência à Reforma Tributária e o que chamou de nova ancoragem fiscal.

O presidente em exercício elogiou o projeto do novo marco fiscal, dizendo que a proposta é inteligente. Ele afirmou que o texto está pronto e deve ser entregue ao Congresso nos próximos dias. Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse à Rádio CBN que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai assinar e enviar ao Congresso Nacional o novo marco fiscal na próxima segunda-feira.

Sobre a medida do governo anunciada nesta semana de fiscalização para que os marketplaces estrangeiros paguem impostos, Alckmin disse que isso é importante para acabar com a concorrência desleal.

Com relação à Reforma Tributária, Alckmin se mostrou confiante de que a matéria será aprovada no Congresso, e lembrou que tanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), quanto o do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), são favoráveis ao tema.