Alckmin diz que faltam os "escandalosos juros" caírem

Para presidente em exercício, recuo da taxa fomentará geração de empregos

Paulo Pinto/Agência Brasil
Paulo Pinto/Agência Brasil

Por Simone Kafruni

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), criticou nesta segunda-feira (17) os juros altos do Brasil, que chamou de escandalosos, após participar do seminário “Cooperativas pelo Desenvolvimento Sustentável” no Palácio do Itamaraty.

Após o discurso oficial, Alckmin pontuou, a jornalistas, que a inflação está em queda, o câmbio, competitivo, e a reforma tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados. “O arcabouço fiscal foi encaminhado, só faltam os escandalosos juros caírem, e aí nós vamos ter uma geração de emprego ainda mais forte”, disse, após deixar o auditório Wladimir Murtinho, no Palácio do Itamaraty.

Indagado sobre o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que aponta uma alíquota do Imposto de Valor Agregado (IVA) de 28%, que seria o percentual mais alto do mundo, Alckmin disse que é cedo para a reforma tributária apresentar resultados. “Eu sempre defendi um IVA só. O que a Europa tem? Um IVA e pode mais de uma alíquota, mas poucas alíquotas” sugeriu.

“Eu acho que é meio cedo ainda para ter o resultado final desse trabalho, mas eu diria que foi um um passo importante aprovar. Os princípios da reforma estão colocados: simplificação, redução do custo Brasil, diminuição da judicialização, desoneração de investimentos e do comércio exterior, porque acaba com a cumulatividade”, elencou.

Alckmin desconversou quando perguntado sobre reforma ministerial, mas negou que seu cargo esteja em risco. “Cargo de confiança é do presidente da República, só ele fala sobre isso. Eu não ouvi nada além do que ocorreu no Ministério do Turismo”, disse.