Por Patrícia Vilas Boas
Quase metade da população brasileira acredita que precisará mudar de endereço nos próximos 25 anos devido às mudanças climáticas, é o que aponta uma pesquisa da Ipsos que entrevistou pessoas em 34 países.
Segundo o levantamento “Climate Change: Severity of Effects and Expectations of Displacement” (Mudanças Climáticas: A Gravidade dos Efeitos e Expectativas de Deslocamento), 49% dos residentes no Brasil acreditam que terão de se mudar nos próximos 25 anos devido a problemas relacionados às mudanças climáticas.
Além disso, o estudo mostra que 63% dos brasileiros afirmam que as mudanças climáticas já tiveram efeito grave onde vivem, patamar acima da média global na pesquisa, que foi de 56%. Entre os países que têm a maior percepção das consequências decorrentes das alterações climáticas estão México, Turquia e Hungria. A pesquisa entrevistou 23.507 pessoas.
Notícias Relacionadas
Projeto seria ´revés enorme para setor privado´
Governo deve tentar desarmar ´bomba´ de fim da escala 6x1, embora sem críticas frontais, diz Eurasia
São Paulo, 21/11/2024 – O governo do presidente Lula deve se preparar para lidar com “pautas-bomba” em 2025, incluindo uma defendida por parte da bancada de apoio à gestão do petista, que propõe o fim da escala de 6 dias de trabalho por um de folga, disse hoje o diretor da consultoria Eusaria, Christopher Garman. […]
Coluna de Marcio Aith
Depois do escândalo: Tarcísio ou Ratinho Júnior, quem vai liderar a direita?
São Paulo, 19/11/2024 – A recente revelação de investigações sobre um grupo composto por militares e um policial federal acusados de planejar assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes trouxe turbulência ao cenário político brasileiro. A operação da Polícia […]
Essa percepção reflete as consequências das chuvas fortes que atingiram o litoral de São Paulo no final de semana, deixando dezenas de mortos e milhares de desabrigados. Na segunda-feira, o governo federal prometeu reconstruir as casas dos atingidos pelo temporal em regiões afastadas das áreas de risco.
De acordo com o diretor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), Marcos Buckeridge, eventos extremos como alagamentos e longos períodos de estiagem já são efeitos das mudanças climáticas e devem se acentuar com o aquecimento global.
Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC, na sigla inglês) estima que as atividades humanas aqueceram a terra 1,0°C acima dos patamares pré-industriais e caso o aquecimento se mantenha no ritmo atual, deve chegar a 1,5°C entre 2030 e 2052.
