Por Giovanni Porfírio
As ações da Tesla disparam nesta quarta-feira, após a maior montadora de veículos elétricos do mundo ter divulgado balanço financeiro do quarto trimestre em que superou consensos nos principais indicadores, fornecendo ainda uma perspectiva positiva de produção para o ano de 2023.
Perto das 12h20, os papéis da companhia subiam 9,40% na Nasdaq, a US$158,00.
Entre os meses de outubro e dezembro, a montadora registrou lucro líquido ajustado de US$1,19 por ação, acima do consenso de US$1,13. A receita automotiva da companhia chegou a US$21,3 bilhões no período, alta de 33% na base anual.
Em relatório, analistas da XP destacaram afirmações do presidente-executivo da companhia, Elon Musk, que comentou em teleconferência de resultados sobre o aumento recorde nos pedidos da companhia. Até o momento neste mês de janeiro, a Tesla viu o número de pedidos aumentar como nunca antes visto na história.
“Estamos recebendo pedidos de quase o dobro da taxa de produção”, afirmou Musk na fala aos acionistas. Questionado por um analista, que considerou baixa a previsão de produção fornecida pela Tesla, de 1,8 milhão de carros para 2023, uma vez que houve aumento de capacidade nas fábricas da empresa, Musk reiterou que a projeção foi baseada em fatores externos.
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“Se for um ano tranquilo, sem grandes interrupções na cadeia de suprimentos ou grandes problemas, temos o potencial de fabricar 2 milhões de carros. Acho que haveria demanda para isso também”, disse Musk, segundo o relatório da XP.
Por outro lado, a XP pontuou que a Tesla admitiu aos acionistas que seus preços médios de venda “estão em uma trajetória descendente há muitos anos”, e que ela precisa de “acessibilidade” para se transformar em uma empresa com vendas anuais em maior patamar, na casa de vários milhões.
No final de 2022 e agora em janeiro, a Tesla cortou preços de carros em todo o mundo, o que para a XP pode ter “estimulado a demanda” neste primeiro mês do ano.
Sem divulgar previsões futuras, a Tesla reiterou no comunicado de resultados que planeja aumentar a produção o mais rápido possível, em linha com a meta de taxa de crescimento anual composta de 50% que começou a divulgar no início de 2021.
